Enfermeiros do bloco operatório do Amadora Sintra em greve - TVI

Enfermeiros do bloco operatório do Amadora Sintra em greve

Foto (arquivo)

A maioria dos enfermeiros do bloco operatório do Hospital Amadora-Sintra estão hoje em greve contra a «substituição ilegal» destes profissionais por técnicos auxiliares e contra «represálias».

Segundo Rui Santos, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a greve regista uma adesão de 70 por cento no bloco operatório, refere a Lusa.

«Dos 39 enfermeiros que deviam estar a trabalhar este turno - que começou às 08:00 e decorre até às 16:00 - apenas estão em funções 12», adiantou.

Os dados do SEP indicam ainda que em outros serviços do hospital os enfermeiros também aderiram à paralisação como forma de mostrar a sua solidariedade.

O serviço de cardiologia regista uma adesão de cem por cento, acrescentou Rui Santos.

A greve é uma forma de protesto «contra a formação de auxiliares de acção médica de nível 2 (para substituição dos enfermeiros) e contra as represálias em curso e o clima de medo e de terror no Amadora-Sintra».

Para a comissão executiva do Hospital Amadora-Sintra, esta greve convocada pelos enfermeiros é «irresponsável», «injustificada» e uma «defesa infundada dos interesses de poucos».

A comissão executiva do único hospital do Serviço Nacional de Saúde gerido por um grupo privado, a José de Mello Saúde, afirma que a paralisação convocada pelo Sindicato «coloca em causa a qualidade do serviço prestado à população» e é «injustificada porque os motivos invocados pelo SEP pura e simplesmente não correspondem à verdade dos factos».

A direcção do Hospital Fernando da Fonseca, também designado Amadora-Sintra, reitera que «não existe qualquer intenção de substituir enfermeiros do bloco operatório por outros profissionais» e afirma que as únicas mudanças efectuadas foram «uma decisão de gestão».

Para a comissão executiva, os doentes vão ser afectados por uma greve que é «a defesa infundada dos interesses de poucos, cujas motivações serão eventualmente de ordem política ou pessoal» e assevera que «tudo fará para minimizar» os efeitos da paralisação, incluindo «acções de esclarecimento e sensibilização junto da própria população».
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