Entrevista IKEA: «Há interesse que a IKEA mantenha o programa de expansão» - TVI

Entrevista IKEA: «Há interesse que a IKEA mantenha o programa de expansão»

  • Sónia Peres Pinto
  • 18 out 2007, 08:33
IKEA

O director de expansão da IKEA Portugal, António Machado, garantiu em entrevista à «Agência Financeira» que, os resultados das lojas de Alfragide e de Matosinhos estão a mostrar ao mundo IKEA que Portugal está a ser uma aposta forte e certa. Uma aposta natural, uma vez que, o grupo considera a Península Ibérica estratégica.

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Sentiram algumas dificuldades em avançar com os projectos em Portugal?

Não, fomos muito bem recebidos. Quando estou a dizer que, nesta segunda fase, as fábricas estão a avançar mais rapidamente, então é sinal de que há um interesse para que a IKEA continue a manter o seu programa de expansão. Estamos satisfeitos com a maneira como estamos a trabalhar com as autoridades locais e com o Governo.

Mas outras multinacionais queixam-se de custos de contexto...

Não vejo diferença em relação a outros países. Temos tido processos muito semelhantes em relação aos outros países em que estamos presentes. Também não noto grande diferença ao nível de «timings».

E em termos de legislação laboral?

Em termos de flexibilidade considero que estamos dentro da média europeia. Não vejo grandes obstáculos a nível laboral. Por exemplo, a loja de Alfragide tem os mesmos níveis de produtividade do que as restantes lojas na Europa. Investimos muito na formação e este é o resultado que recolhemos.

«Gostaria de abrir as lojas aos domingos à tarde»

Defende a abertura das lojas aos domingos e feriados à tarde?

Gostaria de abrir a loja nesses períodos.

Acha que o Governo está receptivo?

Não sei. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) fez esse pedido, agora vamos ver como é que o Governo vai reagir.

Como é o grupo vê o exemplo português?

O programa de expansão em Portugal veio de uma forma natural. A IKEA é uma empresa sueca, começou a sua expansão nos países nórdicos, depois desceu para a Alemanha, França, Itália e Espanha. O mercado ibérico é um mercado muito interessante para a IKEA, porque sabemos que há potencial. Estamos a investir em Portugal porque acreditamos verdadeiramente no caso português. A estratégia da empresa está muito orientada para a Europa do Sul. A ideia de abrir 3 fábricas em Portugal é uma aposta muito forte do grupo. Não estamos a abrir estas unidades apenas para as lojas no mercado português, o objectivo é fornecer as restantes lojas do grupo. Estamos próximos de Espanha, de França e não muito longe de Itália. Os resultados de Alfragide e os de Matosinhos estão a mostrar ao mundo IKEA que Portugal está a ser uma aposta forte e certa.

Considera que o conceito está a ser seguido pela concorrência?

A concorrência existe e é importante. Temos concorrência dentro da nossa actividade mas não só, tenho uma visão mais global. Por exemplo, neste momento tenho a possibilidade de mudar os sofás ou de fazer uma viagem. Será que as agências de viagem também são concorrentes da empresa? De certeza que sim.

Contribuiu para que os preços tenham de uma forma geral baixado?

Chegámos em Junho de 2004 e, até à saída do novo catálogo, já baixámos cerca de 10%. Por exemplo, se o cliente quer transporte ou montagem sabe que tem de pagar por isso. Preferirmos vender um produto e dar o valor a esse produto.

Está a ser preparada alguma campanha para o Natal?

Lançamos recentemente o novo catálogo e logo a seguir lançamos uma brochura com artigos de Natal e com produtos novos.

Veja a entrevista na íntegra

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