Eurostat valida contas de 2006 mas agrava défice de 2005 - TVI

Eurostat valida contas de 2006 mas agrava défice de 2005

Europa

O Eurostat validou esta segunda-feira o défice orçamental de 2006 transmitido por Lisboa, de 3,9 por cento do PIB, mas agravou em 0,1 pontos percentuais o desequilíbrio de 2005, para 6,1%, devido à reclassificação de despesas na Saúde.

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O organismo responsável pelas estatísticas comunitárias reclassificou as injecções de capitais feitas em 2005 nos hospitais Santa Maria e Nordeste num montante de 158 milhões de euros (0,1% por cento do PIB), considerando-as como parte da despesa pública.

Segundo a «Lusa», o Eurostat precisou que as injecções de capital nas empresas públicas significam um aumento do défice no caso de o Estado não agir como accionista privado e se existirem dúvidas sobre a rentabilidade do projecto.

No reporte de 19 de Março de 2007, o Instituto Nacional de Estatística (INE) português apontava para um valor de 8.894,5 milhões de euros de défice orçamental em 2005, valor agora corrigido pelo Eurostat para 9.053 milhões de euros.

Em relação à dívida pública portuguesa, o Eurostat manteve os dados reportados pelo INE, que apontam para 63,6% do PIB em 2005 e 64,7% em 2006.

Em relação ao conjunto comunitário, os dados publicados pelo Eurostat indicam que a média do défice público na Zona Euro passou de 2,5% do PIB em 2005 para 1,6% em 2006, enquanto na União Europeia baixou de 2,4% para 1,7%.

Os défices orçamentais face ao PIB mais elevados foram registados na Hungria (menos 9,2%), Itália (menos 4,4), Polónia (menos 3,9), Portugal (menos 3,9) e Eslovénia (menos 3,4).

Onze Estados-membros tiveram excedentes nas suas contas públicas de 2006, entre eles a Dinamarca (4,2%), Finlândia (3,9), Estónia (3,8), e a Bulgária (3,3 %).
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