Tem apenas 278 inspectores, enquanto o quadro de pessoal prevê 575 efectivos, como revelou ao «Diário de Notícias» o inspector-geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho.
Apesar desta falta de quase 300 agentes, «a acção inspectiva tem aumentado, contribuindo para a redução acentuada dos acidentes de trabalho graves e mortais». Mesmo assim, em 2004 registaram-se 193 mortes.
Questionado sobre o motivo pelo qual não são admitidos mais inspectores para preencher os lugares vagos no quadro de pessoal, o mesmo responsável explica que «há muitas pessoas que pretendem entrar na carreira, mas não têm sido abertos concursos de admissão devido à falta de dotação orçamental. O Governo ainda não autorizou o desbloqueamento das verbas necessárias».
Paulo Morgado de Carvalho prevê que a situação venha a agravar-se ainda mais, «porque muitos inspectores aproximam-se da idade de reforma». Assim, «deviam ser abertos concursos anuais para a entrada de novos inspectores», apesar de ser um facto que «o esforço e a dedicação dos inspectores têm permitido aumentar a fiscalização». A IGT, «além das visitas-surpresa a várias empresas e estaleiros de obras, ainda recebe muitos pedidos de intervenção provenientes de sindicatos e de trabalhadores».
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Faltam 300 funcionários na Inspecção do Trabalho
- Redação
- DN/PGM
- 21 fev 2005, 10:22
![IGP - Inspecção Geral do Trabalho](https://img.iol.pt/image/id/39749/1024.jpg)
A Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) debate-se com uma grande falta de efectivos para acções de fiscalização.
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