Fracasso na reestruturação da energia abre «feridas» entre Governo e Talone

O Governo, segundo o gabinete do primeiro-ministro, terá considerado inoportuna a conferência de imprensa que a EDP realizou segunda-feira para dizer que a administração da empresa mantém a orientação estratégia de crescer como um operador integrado de gás e electricidade na Península Ibérica.

Isto no mesmo dia em que Álvaro Barreto, ministro das Actividades Económicas, afirmava que não iria promover enquanto governante soluções alternativas ao «chumbo» esperado de Bruxelas, refere o «Jornal de Negócios».

Ou seja, quando o ministro dizia não ter legitimidade política para prosseguir a reestruturação, João Talone pronunciava-se supostamente em sentido contrário. Por outro lado, o próprio Santana Lopes entende que, depois do caso Champalimaud, o facto de Portugal voltar a ser novamente tratado como um «caso exemplar», o mais que certo chumbo da Comissão afecta a credibilidade externa do país.