Furacão Katrina arrasta barril de petróleo para quase 71 dólares - TVI

Furacão Katrina arrasta barril de petróleo para quase 71 dólares

  • Alexandra Ferreira
  • 29 ago 2005, 08:50
Dinheiro

O preço do petróleo disparou para valores acima dos 70 dólares esta manhã, com o furacão Katrina, uma das maiores tempestades alguma vez registadas nos Estados Unidos, a atingir o Golfo do México e a obrigar a maioria dos produtores de petróleo a suspender a produção.

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Os futuros do crude subiram quase 5 dólares por barril para um máximo de 70,80 dólares por barril, ultrapassando assim o recorde dos 68 dólares atingido na semana passada. O valor atingido hoje é o mais alto registado desde que o Nymex começou a negociar contratos em 1983.

Os preços dispararam depois do furacão Katrina, a 11ª tempestade do ano, assolar o Golfo do México, comprometendo mais de 40% da produção de crude norte-americano.

Os analistas ainda não conseguem traçar um cenário preciso de consequências e implicações deste cataclismo nos níveis de reservas. Certo é que, nesta altura, cada barril de petróleo que é extraído está automaticamente vendido.

Para já, não está descartada a possibilidade do preço do barril chegar aos 80 ou 90 dólares.

O petróleo em Nova Iorque está a negociar nos 69,66 dólares por barril, mais 5.34% que na 6ª feira e, na Europa, o crude da referência Brent, menos afectado pela produção no Golfo do México, está a perder 2,11% para os 64,87 dólares por barril.

O reflexo destes sucessivos aumentos de preço não se fazem esperar. A prova é que na passada sexta-feira, já as três principais petrolíferas a operar em Portugal tinham aumentado o preço dos combustíveis. O litro de gasóleo ultrapassou assim a barreira de um euro por litro e a gasolina atinge quase 1,50 euros.

No caso do Estado, por cada dólar que o preço do barril de crude aumenta, o custo para o país é de 110 milhões de euros por ano. É que Portugal costuma consumir cerca de 115 milhões de barris de petróleo anualmente, mas este ano a importação disparou. Um aumento que se junta à subida do preço, que se encontra agora em valores muito superiores aos que tinham sido estimados pelo País, quando essas compras foram planeadas.
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