Os futuros do crude subiram quase 5 dólares por barril para um máximo de 70,80 dólares por barril, ultrapassando assim o recorde dos 68 dólares atingido na semana passada. O valor atingido hoje é o mais alto registado desde que o Nymex começou a negociar contratos em 1983.
Os preços dispararam depois do furacão Katrina, a 11ª tempestade do ano, assolar o Golfo do México, comprometendo mais de 40% da produção de crude norte-americano.
Os analistas ainda não conseguem traçar um cenário preciso de consequências e implicações deste cataclismo nos níveis de reservas. Certo é que, nesta altura, cada barril de petróleo que é extraído está automaticamente vendido.
Para já, não está descartada a possibilidade do preço do barril chegar aos 80 ou 90 dólares.
O petróleo em Nova Iorque está a negociar nos 69,66 dólares por barril, mais 5.34% que na 6ª feira e, na Europa, o crude da referência Brent, menos afectado pela produção no Golfo do México, está a perder 2,11% para os 64,87 dólares por barril.
O reflexo destes sucessivos aumentos de preço não se fazem esperar. A prova é que na passada sexta-feira, já as três principais petrolíferas a operar em Portugal tinham aumentado o preço dos combustíveis. O litro de gasóleo ultrapassou assim a barreira de um euro por litro e a gasolina atinge quase 1,50 euros.
No caso do Estado, por cada dólar que o preço do barril de crude aumenta, o custo para o país é de 110 milhões de euros por ano. É que Portugal costuma consumir cerca de 115 milhões de barris de petróleo anualmente, mas este ano a importação disparou. Um aumento que se junta à subida do preço, que se encontra agora em valores muito superiores aos que tinham sido estimados pelo País, quando essas compras foram planeadas.
Furacão Katrina arrasta barril de petróleo para quase 71 dólares
- Alexandra Ferreira
- 29 ago 2005, 08:50
O preço do petróleo disparou para valores acima dos 70 dólares esta manhã, com o furacão Katrina, uma das maiores tempestades alguma vez registadas nos Estados Unidos, a atingir o Golfo do México e a obrigar a maioria dos produtores de petróleo a suspender a produção.
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