Futuro de Cadilhe depende de órgão do BCP presidido por Berardo - TVI

Futuro de Cadilhe depende de órgão do BCP presidido por Berardo

bcp

Regulamento do Fundo de Pensões pode ficar em causa

Relacionados
O regresso de Miguel Cadilhe à gestão bancária passa pela Comissão de Remunerações e Previdência do Millennium BCP, que reúne na próxima semana pela primeira vez sob a presidência de Joe Berardo, confirmou o empresário à agência «Lusa».

Berardo não quis comentar o pedido do antigo administrador do BCP, que solicitou uma suspensão, para não perder em definitivo os benefícios enquanto reformado deste banco, caso assuma a presidência da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e do banco detido por esta empresa, o Banco Português de Negócios (BPN).

Entre os membros dos órgãos dirigentes do banco há quem defenda que «deveria haver um período, de alguns anos, após o qual isso fosse possível», o que implica alterações ao regulamento do Fundo de Pensões.

Recorde-se que a eleição, em Janeiro, de Carlos Santos Ferreira, para presidir ao BCP, levando consigo Armando Vara e Vitor Fernandes, que estavam nessa altura com ele na administração da CGD, gerou criticas de diferentes quadrantes que consideraram pouco saudável a passagem directa da gestão de uma instituição financeira par outra, directamente concorrente.

Tempo de espera servirá para saber se o BCP e o seu Fundo de Pensões concedem a suspensão

Fora das competências da administração, a questão «está entregue à Comissão de Remunerações e Previdência», disse fonte oficial do banco à agência Lusa.

É este o órgão que define os esquemas de segurança social e fixa as condições em que os administradores têm direito á reforma, de acordo com os estatutos do banco.

A eleição de Cadilhe para presidir à administração da SLN e do BPN ficou adiada para 20 de Junho, numa assembleia de accionistas realizada na última sexta-feira, alegadamente para dar tempo para este reunir uma equipa e esta ter a aprovação do Banco de Portugal.

No entanto, o ex-administrador do BCP, que deixou estas funções em Janeiro de 2002, ao mesmo tempo que João Talone e Pedro Líbano Monteiro, viu a sua candidatura á liderança deste mesmo banco [que perdeu para Santos Ferreira] ser aprovada pela Banco de Portugal em Dezembro passado.

Assim, este tempo de espera será sobretudo para saber se o BCP e o seu Fundo de Pensões concedem a suspensão evitando que Cadilhe tenha que abdicar da pensão ou, caso a decisão seja noutro sentido, como é que os accionistas da SLN/BPN encontram forma de o compensar da perda dos benefícios que recebe enquanto reformado daquele banco.
Continue a ler esta notícia

Relacionados