Governo só revê metas após conhecer dados da actividade económica

O Governo não pretende rever as suas metas para o crescimento da economia nacional, e que apontam para uma expansão de 2,2% este ano, até ter dados mais concretos sobre a evolução da actividade económica.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, o ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, admitiu estar «preocupado com a evolução da economia norte-americana», onde os sinais de crise são cada vez maiores, e com «a situação dos mercados financeiros internacionais, reconhecendo ainda a possibilidade de «esses desenvolvimentos afectarem também o andamento da economia portuguesa».

Por isso mesmo, assegurou estar a seguir «com atenção» esses desenvolvimentos, mas assegurou que não pretende rever as suas metas «até que sejam divulgados resultados e dados concretos relativos à actividade económica, mais do que expectativas e estados de ânimo».

Ou seja, o Governo pretende esperar pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o que só deverá acontecer no início do Verão.

O ministro admitiu que uma crise nos EUA e um abrandamento da economia europeia e mundial, acabariam por ter impacto negativo nas exportações nacionais, mas disse também que, a par com esse efeito, existem outros, em sentido contrário, nomeadamente o ganho de quota e a conquista de alguns mercados. «Será que esses efeitos vão contrabalançar-se? Ainda não há uma resposta taxativa», disse.