Greve dos correios não atrasou entrega de senhas para IRS - TVI

Greve dos correios não atrasou entrega de senhas para IRS

CTT

O sindicato dos trabalhadores dos correios negou hoje que a greve parcial nos serviços elementares dos CTT tenha afectado a recepção das senhas de acesso à Internet, razão invocada pelas Finanças para alargar o prazo de entrega do IRS.

Vítor Narciso, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), disse à Agência Lusa que a razão invocada pelo Ministério das Finanças para alargar até 04 de Abril o prazo para entrega pela Internet do modelo 3 de IRS, primeira fase, «não corresponde à verdade».

«Se, por alguma razão, as Finanças querem alargar o prazo de entrega [do IRS], não têm que culpar os carteiros», disse Vítor Narciso, sublinhando que a greve parcial realizada a semana passada apenas envolveu 47 trabalhadores num total de 540 e por um período de duas horas diárias que «não prejudicou em nada» o serviço de entregas.

Para Vítor Narciso, eventuais atrasos na distribuição de correspondência nada têm a ver com esta greve, mas eventualmente com o facto de as entregas estarem a ser feitas «com dobras», com «dois carteiros a fazerem o serviço de três».

«O que acontece é que os carteiros circulam mas não levam a correspondência para todas as zonas, entregando apenas o correio azul. O restante não é entregue diariamente, mas isso nada tem a ver com a greve», afirmou.

Segundo disse, sexta-feira, a directora-geral de Finanças procurou saber se a greve estaria a afectar a entrega da correspondência, tendo-lhe sido garantido que não havia qualquer atraso.

«Mesmo assim foi usada a luta dos trabalhadores como justificação», afirmou.

Segunda-feira, o Ministério das Finanças justificou o adiamento, pela segunda vez este ano, da entrega do IRS dos trabalhadores dependentes com os atrasos no envio e recepção de senhas de acesso ao site das declarações electrónicas, devido às greves parciais dos trabalhadores dos CTT.

Os carteiros e empregados de serviços elementares de Lisboa dos CTT com contrato a tempo parcial em greve exigem contratos a tempo inteiro e subida da categoria profissional.
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