Inspecções automóveis não detectam problemas nos carros - TVI

Inspecções automóveis não detectam problemas nos carros

Carros

A DECO analisou 30 centros de inspecção automóvel espalhados pelo país e deu nota negativa a todos.

A Associação de Defesa do Consumidor diz que, dos centros analisados, nenhum detectou todas as seis deficiências criadas propositadamente em 30 veículos levados à inspecção e nove não detectaram qualquer uma das seis falhas.

Cada inspecção custa, para os veículos ligeiros, 26,27 euros, e para os pesados, 39,33 euros.



As falhas menos graves consistiram na danificação da escova do pára-brisas do lado do condutor, que não foi detectada por 29 centros, e o desaperto da bateria que passou na inspecção em 26 centros.



As deficiências denominadas de tipo dois, mais graves, foram o fecho do cinto de segurança frouxo, não detectado em 21 centros, pneus diferentes, que não foram notados por 13 centros, o médio esquerdo desalinhado, não detectado em 14, e, por fim, a luz de nevoeiro com fraca intensidade, que também passou em 27 centros.



A DECO atribui a culpa destas falhas a um «questão de cultura», ao «facilitismo» e à pressão exercida sobre os inspectores, que levam à falta de rigor.



O estudo já foi enviado à Direcção-Geral de Viação (DGV), ao Ministério da Administração Interna e ao Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações, refere a «Lusa».

A Associação diz que isto constitui uma violação da lei e exige «mais formação dos profissionais e mais condições para os centros de inspecção, nomeadamente ao nível dos equipamentos».



Rita Pinto Rodrigues, das relações institucionais da Associação de Defesa do Consumidor, adiantou que é exigível também «um reforço da fiscalização da actividade dos centros por parte da tutela com divulgação pública dos resultados».



Os 169 centros de inspecção de automóveis existentes em Portugal Continental realizam anualmente cerca de cinco milhões de inspecções.
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