Joaquim Oliveira quer de volta dinheiro que pagou à PT - TVI

Joaquim Oliveira quer de volta dinheiro que pagou à PT

Administração da PT aprova plano de defesa

O presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, reclama à PT 17,8 milhões de euros, parte do montante pago na compra da Lusomundo Serviços.

De acordo com o «Público», em causa está a compra da empresa que contém activos como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, e que adquirida pelo empresário no ano passado à PT Multimédia (PTM).

Os 17,8 milhões de euros são equivalentes a 10% do valor global pago por Joaquim Oliveira pela compra de 80,91% da Lusomundo à PT, cujo encaixe foi de 173,8 milhões de euros. Este valor representa também metade da mais-valia recebida pela PTM na sequência deste negócio, contabilizada na altura em 35,5 milhões de euros.

O relatório e contas da PTM que vai hoje a discussão na assembleia-geral da empresa, reconhece isso mesmo. De resto, a empresa vai provisionar o montante nas contas do ano passado, para o caso de ter de o devolver. O motivo apresentado pela empresa é para «fazer face a responsabilidades assumidas no âmbito do contrato de compra e venda da Lusomundo Serviços».

Apesar disso, fontes da empresa citadas pelo jornal garantem que é apenas «por uma questão de prudência e prática conservadora», uma vez que a PTM pretende contestar ponto por ponto a revisão dos activos da Lusomundo e os pedidos feitos pela Controlinveste.

Está previsto no âmbito dos contratos de compra e venda que o comprador tenha um prazo para reclamar uma revisão de activos, uma vez que poderá ser descoberto após a operação algum dado sobre o valor patrimonial que não aparecia nos dossiers fornecidos pelo vendedor.

O pedido da Controlinveste surge quase um ano depois da confirmação do negócio. Uma explicação plausível para esta movimentação por parte de Joaquim Oliveira é que o empresário esteja agora a querer baixar o preço que propôs e que deixou para trás os concorrentes Prisa e Cofina.

A Agência Financeira tentou contactar a PT Multimédia para obter mais esclarecimentos, mas os responsáveis da empresa têm-se mostrado, até agora, indisponíveis.
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