Ministro da Defesa admite redução de contingente português em 2006 - TVI

Ministro da Defesa admite redução de contingente português em 2006

Ministro da Defesa

O ministro da Defesa, Luís Amado, garantiu hoje, em Cabul, a permanência de militares portugueses na missão da Aliança Atlântica (NATO) no Afeganistão após Agosto de 2006, mas admitiu uma redução do actual contingente de 196 efectivos.

Luís Amado está hoje no Afeganistão para visitar as tropas portuguesas instaladas em Cabul, cuja missão está prevista até Agosto do próximo ano. «Não nos podemos desprender completamente deste teatro uma vez que há um forte apelo da comunidade internacional e dos nossos aliados para que mantenha mos aqui uma presença» disse, antecipando que Portugal «poderá vir a reduzir a força no segundo semestre de 2006», avança a agência «Lusa».

Em Cabul, no aquartelamento de Camp Warehouse, onde se encontra a maior ia dos militares portugueses em missão no Afeganistão, Luís Amado justificou a possível redução da presença portuguesa com as dificuldades orçamentais com que o país está confrontado.

«Manteremos seguramente aqui uma presença. É impossível que haja uma retracção da força da comunidade internacional aqui presente nos anos mais próximos. Mas, em função das dificuldades do país, temos de ponderar em que teatros têm os de empenhar recursos ao longo do próximo ano, que vai ser de execução orçamental difícil», referiu.

Apesar disso, acrescentou, «não é ainda claro o tipo de empenhamento» que o país irá ter na Força Internacional de Assistência e Segurança (ISAF) da NA TO no Afeganistão a partir do segundo semestre de 2006.

A dimensão do contributo português será ainda avaliada em função das alterações introduzidas a contingentes portugueses presentes noutras missões inter nacionais, nomeadamente no Kosovo e na Bósnia-Herzegovina.

Luís Amado assegurou, ainda assim, que as contas do Estado para o próximo ano «permitem acomodar as despesas previstas com o empenhamento das forças que o país tem neste momento».

O ministro da Defesa admitiu ainda uma reavaliação do processo em curso de reequipamento das Forças Armadas, nomeadamente em função das missões em que a Força Aérea, a Marinha e, sobretudo, o Exército estão envolvidas.

«Vamos manter o reequipamento, mas reorientá-lo para este tipo de missões, que são muito exigentes, para as quais as Forças Armadas vão sendo cada vez mais solicitadas e, por isso, têm de estar equipadas em condições de poder responder à exigência das missões que têm», disse.

E exemplificou o tipo de equipamento que se tornou prioritário: «Precisamos de mais viaturas blindadas ligeiras do que actualmente podemos dispor para este tipo de missões, para projectar força com a capacidade de fazer face a missões com a natureza que esta tem. Precisamos de concluir mais rapidamente o processo relativo à arma ligeira».
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