Ministro das Finanças admite redução de investimento público - TVI

Ministro das Finanças admite redução de investimento público

Ministro das Finanças

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, assumiu haver cortes no investimento público no Orçamento para 2007, mas diz que partidos estão «enganados» quando falam em cortes de 10 a 50%.

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«Penso que alguém anda aí enganado em números. Vamos vê-los quando apresentar a nossa proposta», afirmou Teixeira dos Santos, à saída da reunião sobre o Orçamento para 2007, com os diferentes partidos, sublinhando que este «vai assentar na redução da todas as despesas». «E não temos margem de manobra para aumentar a despesa de investimento. O que é importante é investir onde vale a pena e a grande aposta é na ciência e tecnologia», continuou.

Além disso, o responsável considera que os partidos se contradizem: «acusam o Governo de gastar dinheiro em grandes projectos de investimento, mas por outro lado acusam de não gastar em investimento. Não percebo muito bem em que ficamos».

Contestando também as afirmações da maioria dos partidos, que disseram que pouco ficaram a saber sobre o Orçamento, o ministro afirmou que o propósito desta reunião não era informar os partidos sobre o Orçamento, «era mais ouvir os partidos sobre as suas preocupações para o próximo ano, de modo a que pudesse finalizar a proposta a ser apresentada na próxima segunda-feira».

No entanto, Teixeira dos Santos vê alguns pontos de consonância entre o Governo e os partidos. «Há alguns aspectos comuns (..) no sentido de termos quadros fiscais mais simples. Eles reconhecem que a estratégia do Governo assenta na redução da despesa».

Ouvido também o PS, o deputado Alberto Martins assumiu que o Orçamento a ser apresentado mostra que os objectivos vão ser cumpridos e que haverá condições para o crescimento ser sustentável e continuado.

Corte na previsão para economia europeia não surpreende ministro

Quanto à revisão em baixa do crescimento da Zona Euro para o próximo ano, por parte de Bruxelas, Portugal parece estar imune, de acordo com o ministro. «Para mim não é novidade. Esta revisão em baixa é perfeitamente consentânea com aquilo que tem vindo a ser analisado. Aquilo que disse da revisão em alta do crescimento para 2006 não é em nada afectado por estes números».

O responsável garantiu ainda que as previsões que o Governo vai apresentar na próxima segunda-feira «terão em conta estes dados».
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