Mira Amaral diz que se fosse deputado aprovava OE2006 - TVI

Mira Amaral diz que se fosse deputado aprovava OE2006

Mira Amaral quebra silêncio

Os empresários estão «relativamente» agradados com a proposta de Orçamento do Estado para 2006 (OE2006). Luís Mira Amaral, presidente do Fórum para a Competitividade, disse em conferência de imprensa que, se fosse deputado, daria um sinal «entre o vermelho e o laranja intermitente ao Orçamento, mas deixando-o passar, daria o meu contributo para que fosse aprovado».

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«O Governo está, perante os empresários, numa situação privilegiada. Depois do descontentamento, tão grande, face ao OE de 2005, o Governo tem agora a vida facilitada», adiantou.

No que se refere aos funcionários da Administração Pública, dizem os responsáveis do Fórum que em oito anos (duas legislaturas) há tempo para uma estratégia gradual de redução dos efectivos. Se o número de funcionários regressasse ao mesmo nível que existia em meados da década de 80, seria possível uma economia de 1/3 dos gastos. Então os gastos com os funcionários, em vez de representarem, como actualmente, 15% do PIB, ou mesmo, como se pretende no final desta legislatura, 13% do PIB, desceria para cerca de 10%.

Fórum quer despesa pública a 40% do PIB em 8 anos

O Fórum para a Competitividade, presidido por Luís Mira Amaral, disse hoje que a proposta orçamental do Governo é, «globalmente, positiva. Não é a ideal, mas é talvez a possível», disse em conferência de imprensa o presidente do Fórum, para quem a redução da despesa deveria ser maior e, dentro de 8 anos, não ir além dos 40% do Produto Interno Bruto (PIB).

Embora apontando um dedo crítico ao facto de a maioria da consolidação orçamental prevista vir do lado da receita (cerca de 64% do total da consolidação), o Fórum garante que «apoiará o ministro das Finanças nas medidas que promovam a verdadeira consolidação orçamental».

Elogiando o facto de não incluir receitas extraordinárias nem o que apelidou de «contabilidade criativa», o mesmo responsável disse que «o Governo não pode falhar na execução deste Orçamento». Necessário continua a ser tomar medidas como a redefinição das funções do Estado e a reforma da Administração Pública, principalmente através do encerramento de serviços desnecessários e da optimização dos recursos.
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