Patrick Monteiro de Barros quer mais de uma central nuclear - TVI

Patrick Monteiro de Barros quer mais de uma central nuclear

Estação Nuclear

O empresário Patrick Monteiro de Barros admite construir mais do que uma central nuclear em Portugal. A declaração foi feita aos jornalistas, à saída de um fórum sobre Energia Nuclear.

Quando questionado sobre a sua disponibilidade para construir mais do que uma central, o empresário respondeu «evidentemente que sim».

A ideia para a construção de uma primeira central nuclear em Portugal foi dada pelo empresário há 22 meses, mas esta conferência é que consiste, na sua opinião, no «pontapé de saída» do projecto. Para quem é céptico em relação ao projecto, lembra que Espanha tem já centrais destas «coladas às nossas fronteiras. Se temos o risco, porque não termos também o proveito?»

A central nuclear, garante, permitirá a Portugal reduzir o défice, nomeadamente o comercial, reduzir a «assimetria do custo de energia face à média europeia», e que é actualmente de 25% face a Espanha, e permitiria ainda cumprir o protocolo de Quioto, evitando eventuais sanções. Além disso, Portugal poderia tornar-se num exportador desta energia.

O empresário apontou críticas aos modelos que se baseiam apenas no estímulo às energias renováveis, por apresentarem altos custos a médio prazo e por apresentarem uma disponibilidade, face à capacidade instalada, de apenas 40%. A energia eólica, por exemplo, implica sempre a necessidade de um backup, que teria de ser o ciclo combinado, defendeu.

Para quem quer saber mais sobre os custos de uma central nuclear, Pedro de Sampaio Nunes, ex-secretário de Estado da Ciência e Inovação, que está a trabalhar no projecto da central com Patrick Monteiro de Barros, explicou à audiência que os custos de depósito finais e de desmantelamento ascenderão a 1,8 mil milhões de euros. Um «bom negócio» se tivermos em conta as sanções que podem resultar de uma violação do protocolo de Quioto.
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