Portugueses mais cautelosos recorrem menos ao cartão de crédito - TVI

Portugueses mais cautelosos recorrem menos ao cartão de crédito

  • Sónia Peres Pinto
  • 26 dez 2008, 09:40
Crédito (arquivo)

Época pré-natalícia costumava ser marcada por uma maior adesão a este tipo de pagamento

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Os portugueses foram mais cautelosos nas suas compras de Natal e essa tendência acabou por se reflectir na utilização dos cartões de crédito, revelam as instituições financeiras contactadas pela Agência Financeira (AF).

Apesar de o BCP garantir que não se tem assistido a alterações sensíveis nos «plafonds» dos cartões de crédito nem a diferenças em relação às respectivas utilizações, o maior banco privado português admite que nesta época se tem verificado «alguma retracção quer nos montantes médios por transacção, quer no número de transacções».

Uma opinião partilhada pela Caixa Geral de Depósitos. O banco estatal diz que «o comportamento dos consumidores portugueses não foi muito diferente em relação ao ano passado» em termos de transacções com os cartões de crédito, salientando, todavia, uma ligeira retracção.

As duas instituições financeiras não quiseram, no entanto, adiantar valores, uma vez que as contas só são fechadas no final do ano.

É de referir que, em anos anteriores, a adesão aos cartões de crédito costumava crescer em período pré-natalício. Aliás, por norma, a facturação do período de Natal era em média cerca de 20 por cento superior aos períodos normais, verificando-se igualmente um acréscimo de primeiras utilizações em matéria de crédito.

Quebra nos levantamentos no Multibanco

Mas esta quebra de utilização do cartão de crédito não é um caso isolado. Também os levantamentos realizados nas caixas multibanco registaram uma diminuição face ao ano anterior.

Segundo os últimos dados avançados pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) foram levantados, nas primeiras três semanas de Dezembro, nas caixas multibanco de todo o País cerca 1.668 milhões de euros.

O valor representa menos 1 por cento, ou 17,6 milhões de euros, do que no mesmo período de 2007, altura em que esse valor ultrapassou 1.685 milhões de euros.

Também o valor destas operações diminuiu de 1.903 milhões de euros, há um ano, para 1.864 milhões agora, correspondendo a uma redução de 39 milhões de euros.

A Agência Financeira entrou em contacto com o BES, o BPI e o Santander Totta, mas não conseguiu obter nenhuma resposta em tempo útil.
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