Portugueses retiram quase mil milhões de euros dos fundos

Os portugueses continuam a retirar dinheiro dos fundos de investimento. Só em Novembro, o valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) caiu 7,1 por cento face a Outubro.

O valor situou-se nos 11.305 milhões de euros, o que compara com 12.166,7 milhões de euros em Outubro. Em contrapartida os fundos especiais de investimento (FEI) subiram 2,4% para 3.907,0 milhões de euros, refere a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na nota divulgada.

A capitalização média dos organismos de investimento colectivo foi de 54,1 milhões de euros e a dos fundos especiais de investimento de 46,5 milhões de euros.

Peso da PT nas carteiras duplica

A Zon Multimédia (9,4%), a Portugal Telecom (9,3%), o BES (8,5%), a Galp (7,3%) e a EDP (5,7%) foram as acções com maior peso nas carteiras dos fundos mobiliários. A Portugal Telecom apresentou a maior variação mensal (114,3%). Em contrapartida, o BES, a EDP Renováveis e Mota-Engil registaram quedas respectivamente de 20,6%, 15,1% e 12,7%.

As obrigações estrangeiras continuaram a ser o valor mobiliário mais representativo na carteira dos fundos. No âmbito internacional, as aplicações na generalidade dos principais segmentos diminuíram, com excepção do segmento dos outros fundos públicos (+34,9%), dos outros valores mobiliários (+44,5%) e dos direitos (+37305%). Ao nível das aplicações nacionais, os segmentos das obrigações e da dívida pública registaram um crescimento (+4,8% e +4,4% respectivamente).

A liquidez, que correspondia a 11,7% do valor sob gestão no final do mês de Novembro, decresceu 6,9% relativamente ao mês anterior.

O Brasil, os Estados Unidos, a Espanha e a Holanda foram os países em que se registou o maior desinvestimento mensal, com reduções de 10,6%, 10,1%, 9,1% e 9%, respectivamente.

Caixagest lidera com quota de mercado de quase 25%

A Caixagest (24,9%), a ESAF (19,8%) e o Santander Asset Management (15,7%) obtiveram as quotas de mercado mais elevadas.

O Espírito Santo Monetário manteve-se como o fundo com maior valor sob gestão (675 milhões de euros).