Portugueses sem dinheiro já não dão entrada na compra de carro - TVI

Portugueses sem dinheiro já não dão entrada na compra de carro

Velhos truques para poupar

A economia dá sinais de retoma, mas nos bolsos dos portugueses os sinais continuam a ser de crise. Muitos sectores continuam a ressentir-se da falta de dinheiro e o dos carros usados é um deles.

As evidências da crise económica que se reflectem neste sector são simples mas paradigmáticas. Por exemplo, são cada vez mais os portugueses que compram carros (usados) sem dar qualquer entrada.

A Nacionalcar é uma das maiores empresas do sector, que detém mais de 10% de quota num mercado que se encontra muito pulverizado, devido ao elevado número de pequenos stands isolados. O responsável comercial da empresa, Rui Rodrigues, diz em declarações à «Agência Financeira» que as viaturas mais procuradas são as que têm preços até 14 mil euros, sendo também essas as que têm maior rotação.

«Este valor prende-se muito com a entrada que os portugueses têm para dar, e que é baixa. Muitas pessoas não conseguem sequer dar qualquer entrada e, entre as que dão, o valor mais frequente é de apenas mil euros», afirma.

Na compra de carro usado, as despesas do processo ascendem, geralmente, a perto de 500 euros. «Como muitos portugueses nem esse dinheiro têm disponível, é cada vez mais frequente negociar-se a oferta dessas despesas de processo», acrescenta ainda o mesmo responsável.

No entanto, os carros com valores acima dos 30 e 40 mil euros também continuam a vender, até porque as classes mais altas estão geralmente mais imunes às crises.
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