Preço das casas no Algarve sobe para mais de 1.500 euros/m2 em três meses - TVI

Preço das casas no Algarve sobe para mais de 1.500 euros/m2 em três meses

Algarve

O preço das casas no Algarve registou a maior subida de todo o território continental, um aumento de 5,6%, no segundo trimestre. Em média, uma casa na região mais a Sul de Portugal custa 1.527 euros por metro quadrado, que é também o valor mais alto do País.

Em termos gerais, as casas em Portugal ficaram 2,5% mais caras, sendo que o preço médio se situou nos 1.229 euros/m2.

A avaliação feita pelos bancos, para efeitos de concessão de crédito à habitação, mostra que os preços subiram mais na Área Metropolitana do Porto (1%) que na Área Metropolitana de Lisboa (0,5%). A maior subida de preços, quando comparada com o mesmo trimestre do ano passado, de 4,4%, foi observada na região Centro.

Face ao trimestre homólogo, a Área Metropolitana do Porto apresentou uma variação positiva de 2,4%, enquanto na Área Metropolitana de Lisboa esta variação foi negativa em 1,1%, fixando-se o valor médio da avaliação bancária de habitação em 1.497 euros/m2. Por outro lado, na Área Metropolitana do Porto o valor médio da avaliação bancária de habitação foi de 1.258 euros/m2.

O valor médio de avaliação bancária dos alojamentos de gama baixa foi de 950 euros/m2 na Área Metropolitana de Lisboa, e de 846 euros/m2 na Área Metropolitana do Porto, correspondendo a um acréscimo trimestral de 2,2% e de 3,7%, respectivamente. Em relação aos alojamentos de gama alta, aqueles valores ascenderam a 2.238 euros/m2 e a 1.812 euros/m2, respectivamente na Área Metropolitana de Lisboa e na Área Metropolitana do Porto.

Oeiras é a zona mais cara da área de Lisboa

Oeiras é o concelho mais caro da Área Metropolitana de Lisboa (AML), enquanto que na Área Metropolitana do Porto (AMP) foi o concelho do Porto. Em Oeiras, o valor médio de avaliação bancária ascendeu a 1.808 euros/m2, e no Porto a 1.465 euros/m2. Estes valores traduzem um aumento trimestral de 3,6%, no primeiro caso, e um decréscimo de 2%, no segundo.

No outro extremo, os concelhos da Moita, na Área Metropolitana de Lisboa, e de Gondomar, na Área Metropolitana do Porto, registaram os valores mais baixos de avaliação bancária da habitação, de 1.183 e de 1.102 euros/m2, respectivamente.

No concelho de Lisboa, foi na zona de Alcântara-Belém (freguesias da Ajuda, Alcântara, Santa Maria de Belém e São Francisco Xavier) que se verificou o maior valor médio de avaliação bancária de habitação, de 2.100 euros/m2. No concelho do Porto, foi o grupo de freguesias que compõem o Núcleo Litoral (Foz do Douro, Lordelo do Ouro e Nevogilde) que verificou o maior valor médio, de 1.745 euros/m2. Nas duas zonas urbanas referidas, assistiu-se a um acréscimo trimestral no valor médio de avaliação bancária na habitação, de 14,6% e de 3,5%, respectivamente.

Olhando separadamente para apartamentos e moradias, os primeiros registaram um aumento de 1,6% face ao trimestre anterior e 0,8% face ao trimestre homólogo, sendo que a maior subida trimestral foi a do Algarve (5,8%), e a maior homóloga foi a do Centro (2,8%). Apenas no Alentejo se deu uma quebra de preços, em 3,7%. Já as segundas registaram uma inflação de 3,6% face ao trimestre anterior e 5,9% face ao trimestre homólogo. Mais uma vez, o Algarve ficou com o aumento trimestral mais forte de 4,6%.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela ainda que a dispersão, por tipologia, dos valores médios de avaliação bancária de apartamentos é maior do que no caso das moradias, e que o maior valor correspondeu, novamente, aos apartamentos de tipologia T1 ou inferior (1.465 euros/m2), ao qual se seguiu o dos apartamentos de tipologia T5 ou superior (1.390 euros/m2).
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