Preço do imobiliário português vai cair 25% até 2006

A empresa especializada em gestão de fundos de pensões apresenta hoje a sua estratégia para 2006, de onde sobressai um subponderar em imobiliário nacional onde «prevejo uma baixa nos preços de 25% entre este e o próximo ano», adiantou o responsável. No mercado imobiliário «só estou na Europa de Leste».

Relativamente ao petróleo, este não terá «efeitos importantes» nas economias já que terá preços em torno dos 55 dólares por barril. Desta forma, «a inflação europeia estará na zona dos 2%», adiantou Santos Teixeira.

Relativamente a uma futura subida das taxas de juro, esta deverá acontecer no espaço europeu, mas não «devido ao petróleo mas como defesa face ao dólar. Para defender o dólar do défice haverão aumentos nas taxas de juro dos EUA, que vão contagiar ligeiramente as taxas de juro europeias». Desta forma, o gestor espera uma subida nas taxas a dez anos para os 4% e para os 2,5% no curto prazo.

Quanto aos activos, a escolha recai sobre as acções europeias, apesar «de dado o crescimento económico dos EUA, ter aumentado a exposição no país de 10 para 20%». Nota positiva também para o Japão, que «já saiu do período de deflação, assim como os restantes mercados asiáticos, nomeadamente a Índia e a Austrália». Mas destes «o que deverá apresentar melhores resultados será o Japão», adiantou Santos Teixeira, acrescentando ainda uma recomendação para o mercado russo, o grande produtor energético a nível mundial e para o Brasil, que lidera em termos agrícolas.

Quanto a Portugal, Santos Teixeira adiantou que «vou investir nalgumas empresas que consideramos internacionalmente interessantes», apesar de não ter precisado quais.

Relativamente a outros tipos de activos, na Europa com recomendação de subponderar estão as obrigações, com excepção das obrigações ligadas à inflação. Como recomendação de sobreponderar aparecem ainda os Hedge Funds.