Gestoras de Fundos dizem que Segurança Social é um buraco sem fundo - TVI

Gestoras de Fundos dizem que Segurança Social é um buraco sem fundo

  • Alexandra Ferreira
  • 24 out 2005, 20:12
Seguranca social

«Estamos a descontar para tapar buracos». Quem o diz é José Santos Teixeira, presidente da Sociedade Gestora de Fundos, a propósito do actual sistema de descontos para o regime da Segurança Social e de poupança para a reforma.

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Santos Teixeira refere-se especificamente à posição do Ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, assumida em entrevista à «Visão» desta semana, em que rejeita «diminuição das contribuições para o regime público» num quadro de desenvolvimento de regimes complementares de poupança para a reforma.

«É contra erradamente», diz Santos Teixeira. «Está a precipitar toda a gente para o mesmo buraco. A Segurança Social não tem dinheiro e nós andamos a descontar para¿ nada», acrescenta o mesmo.

«A única coisa que faz sentido é haver uma opção, a partir de determinado nível, entre o regime de Segurança Social e um regime de capitalização. Estamos a eternizar um problema sem solução», diz o presidente da SGF.

Sobre a reintrodução dos benefícios fiscais nos Planos Poupança Reforma (PPR), o presidente da SGF diz que «vale como sinal mais do que como montante». E, na sua opinião «corresponde à única baixa de impostos de todo o Orçamento do Estado para 2006», que atesta a tese da «insustentabilidade do regime de segurança social».

Sobre o facto dos benefícios fiscais reintroduzidos ficarem aquém dos de outrora, o presidente da SGF diz que se trata de «uma opção financeira e não política. É o que é possível com a margem que existe, ajustada às possibilidades do próprio orçamento».

Mas, diz Santos Teixeira, «relativamente ao aumento das subscrições que se tem vindo a verificar, a razão está no aumento das rendibilidades. Isto é mais uma ajuda»

Mas, diz a mesma fonte, «o facto de serem os jovens os mais beneficiados, revela que são eles os que poderão vir a ser mais prejudicados no futuro. E aqui importa sensibilizar para o tipo de produto a subscrever, tendo em conta a rendibilidade».

Isto porque, segundo Santos Teixeira, não faz sentido um jovem «ficar por um produto de rendibilidade fixa. Tem que apostar mais numa componente de acções, que tenha uma rendibilidade superior. Porque a questão da volatilidade dissolve-se no longo prazo». Tem que se subscrever não um PPR qualquer, mas o adequado».
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