Preços caem nos hotéis de luxo e turistas preferem 2 estrelas

Nas unidades de duas e três estrelas, a crise não se tem feito sentir e os preços, nos últimos anos, subiram, ao contrário do que aconteceu no segmento superior, noticia o «Diário de Notícias». Este ano, já se nota «uma evolução positiva nos preços», disseram ao mesmo jornal Alexandre Soeiro, administrador dos Hotéis Tivoli, e Paulo Dias, director do Pestana Palace.

O estudo Preços ao Balcão, nos estabelecimentos hoteleiros, realizado pelo Turismo de Portugal, a que o DN teve acesso, revela que em 2006 «os preços médios ao balcão do quarto duplo na hotelaria cresceram 1,1% face a 2005 nos hotéis de três e duas estrelas, e decresceram 4,6% nos hotéis de quatro e cinco estrelas».

Para Paulo Dias, a situação deve-se sobretudo à «concorrência muito forte entre os hotéis de cinco estrelas, o que leva à quebra dos preços». O director do Pestana Palace, também responsável pelas unidades do grupo de Sintra e Cascais, refere que no segmento MICE (negócios) a «competição» é muito «forte» entre os hotéis de cinco estrelas, que na «verdade competem entre si como se fossem de quatro estrelas». Resultado: os preços dos quartos caem.

Alexandre Soeiro diz que na hotelaria as tarifas demoram muito tempo a recuperar, e socorre-se de um provérbio muito usado no sector: «Os preços caem em dois dias, mas demoram três anos a recuperar.» E este, aponta: «É o principal problema da hotelaria nacional, que não fica atrás em qualidade à de outros países.»