Presidenciais no Brasil vão ter segunda volta

Com 97,8 dos votos do eleitorado contados, o Presidente Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), tem 48,6% dos votos válidos contra 41,6% para Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Segundo avança a «Rádio Renascença», Lula da Silva precisava de obter a maioria absoluta dos votos para não ser forçado a disputar a segunda volta com o ex-governador de São Paulo que, no final da campanha eleitoral, se mostrou confiante de que levaria a decisão do escrutínio para 29 de Outubro.

Os votos do Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país (cerca de 28 milhões de eleitores), cuja contagem foi mais lenta do que no restante do território, revelaram-se decisivos para levar as eleições presidenciais para a segunda volta.

Na terceira posição surge a senadora Heloísa Helena, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), com 6,85% dos votos.

O senador Cristovam Buarque, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), em quarto lugar, reune 2,67% dos votos.

Lula da Silva iniciou a disputa presidencial como favorito, com as sondagens a indicar a sua vitória logo na primeira volta durante quase toda a campanha eleitoral.

A mudança do quadro das presidenciais ocorreu apenas após o «escândalo do dossier», que estourou a 15 de Setembro, quando dois homens ligados ao PT de Lula foram presos pela Polícia Federal ao tentar comprar documentos contra candidatos da oposição.

Geraldo Alckmin deverá apostar numa campanha agressiva para derrotar Lula. Mas, ciente que a luta a travar vai ser difícil, o candidato do PT marcou para esta manhã um reunião com os ministros responsável pela coordenação do Governo e à tarde fará um ponto de situação com o comando geral da campanha.

Duas figuras polémicas da política brasileira, o ex-presidente Fernando Collor de Mello e o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, foram eleitos para o Congresso Nacional.