PSD e CDS/PP preparam candidaturas separadas às eleições

Segundo o «Diário de Notícias», que cita fontes da Comissão Permanente do partido, no «núcleo duro» santanista, avançam-se cenários e o que ganha mais força é mesmo o fim da coligação com o PP.

Santana Lopes, como já ontem antecipou à saída da audiência em Belém, quer disputar as próximas eleições, não sendo, porém, de excluir que se realize um congresso extraordinário «laranja». Mas só se algum adversário interno quiser disputar a liderança ao primeiro-ministro... Essa possibilidade não era afastada por alguns dirigentes próximos de Santana ouvidos pelo DN. E a estratégia de o PSD ir sozinho às eleições é justificada, internamente, como uma forma de Santana retirar trunfos aos potenciais adversários internos.

Entre os democratas-cristãos imperou ontem o silêncio. Conhecida a decisão de Jorge Sampaio, Paulo Portas reuniu-se com vários dirigentes populares, no sentido de preparar a declaração que fará hoje. Ao que o DN apurou, o líder centrista deverá deixar já um sinal sobre a estratégia que o CDS pretende seguir, mas sem fechar nenhuma porta. Ou seja, Portas deixará aberto o caminho para uma ida autónoma às urnas, mas sem afastar totalmente um cenário de coligação. Uma estratégia que um dirigente centrista definiu assim ao DN: «Neste momento, dada a confusão que se instalou, ainda não é muito claro o que se perde e o que se ganha em qualquer das situações».