PT: renúncia de administrador bem acolhida pela oposição - TVI

PT: renúncia de administrador bem acolhida pela oposição

Rui Pedro Soares

Bloco não está surpreendido pela renúncia do administrador

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O Bloco de Esquerda (BE) considerou esta quarta-feira que a renúncia de Rui Pedro Soares ao cargo de administrador da Portugal Telecom (PT) era «a solução que se esperava», depois das dúvidas instaladas terem tornado «insustentável» a sua permanência no cargo.

«É a solução que se esperava, era expectável. Esta demissão tinha de existir, era inadiável», afirmou a deputada do BE Catarina Martins, em declarações aos jornalistas no Parlamento, citada pela Lusa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT anunciou hoje que o administrador da PT Rui Pedro Soares renunciou ao cargo.

Catarina Martins lembrou o «clima de dúvida que se tem instalado sobre as tentativas do Governo interferir na TVI através da PT», considerando que, «independentemente do que se venha a apurar sobre as dúvidas que estão instaladas», a permanência de Rui Pedro Soares no cargo se «tornava insustentável».

CDS-PP «acha bem» que administrador tenha renunciado

Também o líder parlamentar do CDS-PP disse achar «bem que se tenha demitido este senhor administrador da PT». Pedro Mota Soares sublinhou que o CDS-PP apenas comenta a situação porque «neste momento em Portugal a situação não é normal», já que a PT é uma empresa privada.

Pedro Mota Soares disse ainda que o partido entende que não é positivo que «uma pessoa com pouco mais de 30 anos, sem um currículo excepcional possa estar na maior empresa portuguesa, ganhando qualquer coisa como um ou dois milhões de euros por ano, sem ter um currículo, que especialmente justifique essa nomeação».

PCP: renúncia levanta ainda mais dúvidas

Por seu lado, o PCP defende que a renúncia do administrador da PT «levanta mais dúvidas» sobre a alegada tentativa de controlo da comunicação social, que têm de ser esclarecidas pelo primeiro-ministro.

À Lusa, o deputado comunista João Oliveira advogou que «não era aceitável até agora que o primeiro-ministro se mantivesse em silêncio (...) procurando alhear-se das notícias preocupantes que têm de ter um esclarecimento político».

«Importava perceber quais são as responsabilidades do Governo, se há ou não responsabilidades do Governo, se houve ou não responsabilidade do primeiro-ministro em todo este processo», defendeu.
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