Retorno de investimento imobiliário cai para mínimo histórico - TVI

Retorno de investimento imobiliário cai para mínimo histórico

Retorno de investimento imobiliário cai para mínimo histórico

O retorno de investimento no mercado imobiliário de escritórios caiu para um mínimo histórico em 2005.

As principais razões foram a forte procura de activos e a diminuição da percepção de risco.

O boletim do mercado de escritórios da CB Richard Ellis indica que a taxa de capitalização caiu 50 pontos base no segundo semestre do ano passado, «registando a menor rendibilidade alguma vez observada no mercado de escritórios de Lisboa».

O centro de negócios da capital registou uma taxa de capitalização de 6,5% e o Parque das Nações 7%, igual à do Corredor Oeste, que sofreu a maior quebra no ano passado.

As taxas mantinham-se relativamente estáveis desde 2000, na casa dos 8%, depois de uma quebra abrupta face aos valores de 1997 e 1997, quando se situavam acima de 10%.

«A percepção de um risco mais baixo, bem como a forte procura de produtos de investimento, tem provocado a redução das taxas de capitalização», afirma a consultora.

Para os próximos anos a CB Richard Ellis espera «uma pequena redução nas taxas de rendibilidade devido ao efeito combinado do excesso de liquidez no mercado» e «alterações na lei do arrendamento».

Ligado ao aumento da procura está a «significativa liquidez nos fundos imobiliários», que resulta da «reduzida rendibilidade nos mercados de capitais».

Também «o facto das taxas de juro de longo prazo estarem excepcionalmente baixas deverá continuar a garantir o interesse dos investidores em adquirir património imobiliário», afirma a consultora.



De acordo com a CB Richard Ellis, o valor das rendas de escritórios mantiveram-se estáveis em 2005 na generalidade das zonas da capital.

A excepção foi o Parque das Nações, onde caíram 0,5%, para 17 euros mensais por metro quadrado.

A tendência de estabilidade deverá manter-se este ano «embora as rendas dos espaços usados possam vir a sofrer um novo decréscimo, se a economia não recuperar de acordo com o previsto».

O nível de absorção de espaço no mercado de escritórios caiu 10% no ano passado, para 149 mil metros quadrados.

Empresários adiam decisões devido ao fraco crescimento económico

«O fraco crescimento económico e o baixo nível de confiança levou os empresários a adiar as suas decisões de investimento», afirma a consultora.

Como resultado da redução da taxa de ocupação, o «stock» total continuou a aumentar, superando os quatro milhões de metros quadrados.

A taxa de disponibilidade subiu de 12,9% para 13,3% em 2005.

Este ano, o «stock» de escritórios da capital deverá crescer em 106 mil metros quadrados, «um aumento considerável da construção anual», o dobro do registado no ano passado.
Continue a ler esta notícia