Santander diz que modelo de financiamento ainda está por definir - TVI

Santander diz que modelo de financiamento ainda está por definir

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O modelo de financiamento da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonae sobre a totalidade do capital da Portugal Telecom (PT) «ainda não foi decidido», disse hoje fonte do banco espanhol Santander à agência «Lusa».

O Santander é o «conselheiro e intermediário financeiro exclusivo» da Sonae na OPA sobre a PT e, «como é normal», poderá ocupar um papel no financiamento, cujo modelo ainda está a ser determinado, indicou aquela fonte.

O comunicado enviado na segunda-feira à noite à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), dando conta do lançamento da OPA, era assinado pela Sonae SGPS, pela Sonaecom SGPS e pelo Banco Santander de Negócios Portugal, como intermediário financeiro.

A Sonae SGPS lançou segunda-feira e hoje duas OPA sobre a totalidade do capital da Portugal Telecom (PT) e da PT Multimédia, no valor global de 13,9 mil milhões de euros.

Por cada acção da PT, a 'holding' de Belmiro de Azevedo oferece 9,5 euros e por cada título da PT Multimédia 9,03 euros.

O sucesso de ambas as operações está condicionado à aquisição de mais de 50% dos capitais sociais das duas empresas.

No caso da PT, a Sonae condiciona ainda o sucesso da OPA à alteração dos estatutos da operadora de telecomunicações e à restrição dos direitos especiais do Estado ou que este aprove o plano de reestruturação que será apresentado.

A espanhola Telefónica é o principal accionista da PT, com 9,96% do capital, seguida pelo fundo de investimento Brandes Investments Partners, com 8,53%.

O grupo Banco Espírito Santo (BES) tem 8,36%, o fundo Capital Group Companies tem 5,6% e a Caixa Geral de Depósitos tem 5,14%.

São também accionistas a Cinveste, de Luís Silva, o grupo Fidelity e o empresário Patrick Monteiro de Barros, com posições de cerca de 2% cada.

A PT controla actualmente 58,3% do capital da PT Multimédia.
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