O primeiro-ministro, José Sócrates, apelou hoje para que os empresários nacionais e a comunidade portuguesa da Província de Benguela façam um esforço suplementar no processo de reconstrução de Angola e criem empresas de direito angolano.
«Há agora um novo tempo para a cooperação e Portugal tem de estar à altura dos novos tempos em Angola», afirmou José Sócrates, após um encontro com a comunidade portuguesa residente em Benguela, cerca de 550 quilómetros a sul da Luanda.
O encontro com os representantes da comunidade portuguesa de Benguela ( estimada em cerca de duas mil pessoas) seguiu-se a visitas do chefe do Governo português ao Lobito e à Catumbela, onde esteve acompanhado pelo seu homólogo ango lano, Fernando Dias dos Santos «Nandó», do ministro das Obras Públicas de Portugal, Mário Lino, e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação , João Gomes Cravinho.
Segundo José Sócrates, após quatro anos «de paz e desenvolvimento das instituições angolanas, abre-se agora um novo tempo mais exigente».
«Portugal e Angola são países amigos e a única forma de mantermos essa amizade é sermos amigos e ajudarmos no esforço de reconstrução», disse, depois d e elogiar os cidadãos portugueses que «sempre acreditaram» neste país africano de expressão portuguesa.
José Sócrates afirmou-se ainda «muito emocionado» por visitar a Provínc ia de Benguela, onde um seu tio (António Pinto de Sousa) foi um dos grandes empr esários da década de 1970 e onde ainda tem um primo envolvido na comunidade lusa local.
«Este tempo não é tanto para vender, mas para fazer investimentos. Quer o que os portugueses criem aqui empresas de direito angolano e contribuam activamente para o desenvolvimento económico e social do país», sustentou.
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Sócrates quer mais empresas nacionais de direito angolano
- Redação
- Lusa/SAS
- 6 abr 2006, 20:05
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José Sócrates quer que mais empresas nacionais de direito angolano.
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