Sonae investe mais de 300 milhões na Península de Tróia

Para além disso, fazem também parte do projecto a construção de uma marina, um parque de recreio aquático, um centro desportivo e um centro equestre.

Do valor total a investir pelo grupo de Belmiro de Azevedo numa área de intervenção de 440 hectares, 75 milhões são referentes a custos de reabilitação ambiental, paisagística, urbanística e de infra-estruturas.

O projecto turístico para a Península da Tróia vai permitir a criação de 10.000 empregos. A estimativa foi do presidente do Grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, que adiantou ainda, na ocasião do relançamento do projecto em Junho passado, que se está perante um investimento global de «centenas de milhões de euros».

Valores que, no entanto, não são todos financiados pela Sonae. «Uma coisa é falar daquilo que somos obrigados a fazer, outra coisa é do conjunto: hotéis, residências, casinos, etc.». Para já, contam-se, da parte da Sonae, com «60 a 70 milhões de euros.»

Em termos de infra-estruturas, Belmiro de Azevedo disse, na mesma altura, que esperam «ter a maior parte das coisas feitas no final do ano».

O empresário lembrou que para avançar com este projecto, que está «emperrado» há oito anos e já passou por oito ministros, espera realizar mais parcerias, para além da que já detêm com a Amorim para a exploração do novo casino, nomeadamente, ao nível dos hotéis.

O responsável disse ainda que este investimento em Tróia é a «bandeira» para o desenvolvimento de outros grandes projectos do Grupo no turismo.

Recorde-se que com o Plano Definitivo de Investimento (PDI), o Ministério da Economia e Inovação diz prever «a concretização de importantes benefícios socio-económicos com impacte local e regional, em termos de emprego e qualificação de recursos humanos». Segundo o mesmo, prevê-se um aumento de 8% no emprego no conjunto dos concelhos de Grândola, Álcacer do Sal e Setúbal. Também o Valor Acrescentado Bruto (VAB) directo está estimado em 37,4 milhões de euros, sendo que o VAB induzido será de 67,3 milhões de euros.

No PDI, a Sonae compromete-se com a construção de uma nova unidade de alojamento de 5 estrelas (o outro será reabilitado e fica a cargo do Grupo Amorim), com 300 quartos, um eco-resort com capacidade de 600 camas, uma marina, um parque de recreio aquático, um centro desportivo e um centro equestre. Serão igualmente efectuados avultados investimentos em termos de imobiliária turística.

Contactada a Sonae Turismo, fonte oficial disse que neste momento o grupo não iria prestar quaisquer declarações sobre o porjecto.

(Veja a segunda parte deste artigo em artigos relacionados)