«Depois desta decisão não devem surgir ofertas concorrentes à Sonae. Esta decisão deve favorecer a Sonae uma vez que, desta forma, não terá que melhorar a sua oferta e com a menor probabilidade de aparecer uma contra-OPA», afirmou um analista da Ahorro Corporation.
De uma forma geral, os analistas contactados pela «Agencia Financeira» concordaram que esta posição do Governo português favoreceria a Sonae, apesar de não quererem ser identificados.
Os analistas não se mostraram surpreendidos com esta atitude do Estado. «Acho que o governo tem sido muito claro nessa questão já desde há muito tempo. Por isso não estou de todo surpreendido. Não me parece que mude muita coisa», revelou. Já outro afirma, «esta foi uma resposta politicamente correcta do Governo. Já estava à espera, é a forma de ficar com espaço de manobra».
E o analista da Ahorro Corporación adianta, «esta é a maneira do governo português manter a PT em mãos nacionais. Não vejo mais nenhum grupo português a fazer uma oferta. O BES foi falado, mas veio negar essa possibilidade.»
Recorde-se que hoje o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, confirmou as notícias do «Diário Económico» que adiantavam que o Governo vai dizer a Bruxelas, na próxima semana, que quer manter a «golden-share» e os poderes essenciais que tem na PT.
Sonae sai beneficiada com manutenção da «golden share» do Governo
- Redação
- MD
- 16 fev 2006, 16:18
A decisão anunciada hoje, de que o Estado pretende manter a «golden-share» e os poderes essenciais que tem na PT, é positiva para a Sonae, segundo os analistas contactados pela «Agência Financeira».
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