TAP estima poupar 25 milhões com redução de comissões às agências de viagens - TVI

TAP estima poupar 25 milhões com redução de comissões às agências de viagens

Avião TAP (arquivo)

A TAP estima poupar 25 milhões de euros este ano, com a redução das comissões pagas às agências de viagens, no âmbito do acordo com a APAVT, depois de poupar 20 milhões em 2004.

Tudo poupanças que ajudaram à obtenção de lucros por parte da TAP pelo segundo ano consecutivo, em 2004, ainda que com uma queda de mais de 50%, e que também este ano contribuirão para a meta de «14 milhões de euros, de resultados líquidos» que a companhia orçamentou para o final do exercício, segundo adiantou o CEO da companhia, Fernando Pinto, em conferência de imprensa.

«A TAP não pode ser mais agressiva no corte de custos, porque senão prejudicará o seu crescimento», afirmou Fernando Pinto, fazendo então alusão a todo um trabalho complementar para ajudar a colmatar o forte impacto da subida do preço dos combustíveis, que o ano passado teve um desvio de 72 milhões de euros. A ajudar esteve, para além da tarifa que é repassada aos passageiros sobre o combustível, algumas outras medidas e recursos como esta poupança conseguida com a redução do pagamento das comissões. Medidas que terão que continuar a ser implementadas este ano dada a continuação das preocupações à volta do preço do petróleo.

Esta é, exactamente, a questão que preocupa os gestores da companhia, já que a estes preços a factura está novamente acima do que foi orçamentado.

Quanto a uma eventual subida da taxa de combustível, como foi anunciado pela British Airways e pela Virgin, Fernando Pinto diz que «acompanham», mas não têm uma decisão tomada sobre a matéria em termos gerais. Ou seja, a empresa poderá reagir aos aumentos que vão sendo praticados pela concorrência em cada mercado. «Não pode ser a TAP a liderar uma questão dessas», disse.

Ainda assim, e mesmo que venham a aumentá-la, o responsável admite que o valor será insuficiente para cobrir o desvio com a alta do petróleo. Em 2004, a taxa cobrada aos passageiros contribuiu com cerca de 7 milhões de euros.

Sobre o balanço destes primeiros três meses do ano, adianta que «o aproveitamento de assentos foi bom Janeiro e Fevereiro, mas em Março superou mesmo as expectativas». Um comportamento que beneficiou do lançamento da nova imagem e também da promoção dos bilhetes a 60 euros para toda a Europa, que se mantém ainda em Abril.

Este ano, a oferta deverá crescer 6,5% e os custos deverão manter-se aos mesmos níveis de 2004, referiu, não adiantando, contudo, uma previsão para os resultados operacionais.
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