Taxar grandes fortunas em 2,5% pagaria aumento de pensões - TVI

Taxar grandes fortunas em 2,5% pagaria aumento de pensões

Debate parlamentar - Foto Lusa, Tiago Petinga

Louçã e Jerónimo de Sousa unidos contra Sócrates

Os líderes do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista (PCP), Francisco Loução e Jerónimo de Sousa, mostraram-se esta quinta-feira do mesmo lado da barricada no que toca às pensões: contra José Sócrates.

Veja o debate

No debate transmitido pela SIC, ambos se mostraram contra a «desvalorização» das pensões durante o mandato do Governo socialista e defenderam a actualização das pensões mais baixas.

Contas do líder bloquista dizem que aumentar as pensões mínimas para as aproximar do Salário Mínimo Nacional (SMN), ou seja, aumentar todas as pensões que estão abaixo dos 350 euros, que marca o limiar da pobreza, custaria mais de 500 milhões de euros.

Um valor que Francisco Louçã não tem dúvidas sobre onde ir buscar, para evitar o aumento do défice, que estima estar já nos 8%: «taxar em 1% ou 2,5% as grandes fortunas paga metade do aumento das pensões para esse mais de meio milhão de pessoas», disse.

Já Jerónimo de Sousa tem outra solução e diz que «o défice também se combate do lado da receita».

Ou seja, se é verdade que «se pode reduzir a despesa, combatendo o desperdício», também é verdade que «o crescimento economia e das receitas é fundamental».

Debate morno com ataques ao PS

O líder comunista sublinhou que o aumento de salários não é só importante socialmente, mas também no plano económico. «Hoje vivemos uma crise de consumo. Se as pessoas não compram, as empresas não vendem. O poder aquisitivo é fundamental para que a economia recupere e haja mais receita».

Jerónimo de Sousa lembrou ainda que estes aumentos de salários e pensões podiam ser pagos pelos lucros do Estado nas empresas públicas, como a Galp e a EDP. «Só os lucros que o Estado perdeu na Galp chegavam para pagar uma boa parte. O Governo vendeu um terço da Galp a José Eduardo dos Santos e a Américo Amorim. E com isso, tornou Américo Amorim no homem mais rico de Portugal, mas não tornou o país mais rico».
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