Os títulos da operadora portuguesa tiveram um comportamento discreto, com pouca movimentação, ao longo de quase toda a sessão, evoluindo em torno dos 9,70 dólares com que abriram, para dispararem na última meia-hora, alcançando mesmo os 11,75 dólares.
Na sessão anterior, os títulos fecharam a 9,82 dólares.
Nas últimas 52 semanas, os títulos evoluíram entre um mínimo de 8,76 dólares, em 03 de Outubro, e um máximo de 12,58 dólares, em 08 de Fevereiro.
A oferta da Sonae valoriza a PT em cerca de 10,7 mil milhões de euros.
A OPA sobre a totalidade das acções e obrigações convertíveis da maior operadora portuguesa de telecomunicações será feita ao preço de 9,5 euros por cada acção e 5.000 euros por cada obrigação convertível.
A operadora tem perto de 1,13 mil milhões de acções emitidas e uma capitalização bolsista de 9,23 mil milhões de euros.
A capitalização da Sonae está actualmente em 2,360 mil milhões de euros, enquanto que a da sua participada Sonaecom está em 1,047 mil milhões de euros.
A Sonaecom controla a Optimus, Novis, Clix, entre outras empresas do sector das telecomunicações.
A lista dos principais accionistas da Portugal Telecom (PT) é encabeçada pela espanhola Telefónica, fundos de investimento e o Grupo Banco Espírito Santo.
A espanhola Telefónica, que é parceira da PT no negócio de comunicações móveis no Brasil, detinha a 31 de Janeiro 112,5 milhões de acções da operadora portuguesa, 9,96% do capital.
O segundo maior accionista é o fundo de investimento Brandes Investments Partners, com 8,53% do capital, seguido do Grupo BES, que detém 8,36%, ainda de acordo com informação disponibilizada pela PT.
Na lista seguem-se o fundo Capital Group Companies, com 5,6% e o grupo Caixa Geral de Depósitos, 5,14%.
Na casa dos dois por cento surgem a Cinveste, de Luís Silva, grupo Fidelity e Patrick Monteiro de Barros.
O Instituto Financeiro do Estado Português detém ainda 1,88 por cento da PT.
As acções encerram hoje em 8,18 euros na Euronext Lisboa, desvalorizando 0,24%.
O lançamento da oferta da Sonae surge na altura em que o Governo português está a estudar a extinção da «golden share» que detém na operadora, na sequência de uma notificação da União Europeia.
Em causa estão 500 acções preferenciais que garantem ao Estado o direito de veto em matérias estratégicas, como fusões ou operações de compra sobre a operadora de telecomunicações além do poder para escolher o «chairman» e um terço do conselho de administração.
Bruxelas abriu um processo para averiguar a legalidade do mecanismo, que considera poder constituir uma barreira ao livre movimento de capitais na União Europeia, e deu ao governo dois meses para prestar esclarecimentos pedidos a 14 de Dezembro.
O governo português tem defendido a manutenção das acções preferenciais principalmente para impedir que a empresa seja alvo de compra por uma rival estrangeira.
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Títulos da PT ganham 17,62% na Bolsa de Nova Iorque
- Redação
- Lusa com SAS
- 6 fev 2006, 23:24
![bolsa de valores](https://img.iol.pt/image/id/70731/1024.jpg)
As acções da Portugal Telecom (PT) valorizaram hoje 17,62%, para 11,55 dólares, na bolsa de Nova Iorque, depois de se conhecer o lançamento de uma oferta pública de aquisição por parte da Sonae.
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