Títulos da PT ganham 17,62% na Bolsa de Nova Iorque - TVI

Títulos da PT ganham 17,62% na Bolsa de Nova Iorque

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As acções da Portugal Telecom (PT) valorizaram hoje 17,62%, para 11,55 dólares, na bolsa de Nova Iorque, depois de se conhecer o lançamento de uma oferta pública de aquisição por parte da Sonae.

Os títulos da operadora portuguesa tiveram um comportamento discreto, com pouca movimentação, ao longo de quase toda a sessão, evoluindo em torno dos 9,70 dólares com que abriram, para dispararem na última meia-hora, alcançando mesmo os 11,75 dólares.

Na sessão anterior, os títulos fecharam a 9,82 dólares.

Nas últimas 52 semanas, os títulos evoluíram entre um mínimo de 8,76 dólares, em 03 de Outubro, e um máximo de 12,58 dólares, em 08 de Fevereiro.

A oferta da Sonae valoriza a PT em cerca de 10,7 mil milhões de euros.

A OPA sobre a totalidade das acções e obrigações convertíveis da maior operadora portuguesa de telecomunicações será feita ao preço de 9,5 euros por cada acção e 5.000 euros por cada obrigação convertível.

A operadora tem perto de 1,13 mil milhões de acções emitidas e uma capitalização bolsista de 9,23 mil milhões de euros.

A capitalização da Sonae está actualmente em 2,360 mil milhões de euros, enquanto que a da sua participada Sonaecom está em 1,047 mil milhões de euros.

A Sonaecom controla a Optimus, Novis, Clix, entre outras empresas do sector das telecomunicações.

A lista dos principais accionistas da Portugal Telecom (PT) é encabeçada pela espanhola Telefónica, fundos de investimento e o Grupo Banco Espírito Santo.

A espanhola Telefónica, que é parceira da PT no negócio de comunicações móveis no Brasil, detinha a 31 de Janeiro 112,5 milhões de acções da operadora portuguesa, 9,96% do capital.

O segundo maior accionista é o fundo de investimento Brandes Investments Partners, com 8,53% do capital, seguido do Grupo BES, que detém 8,36%, ainda de acordo com informação disponibilizada pela PT.

Na lista seguem-se o fundo Capital Group Companies, com 5,6% e o grupo Caixa Geral de Depósitos, 5,14%.

Na casa dos dois por cento surgem a Cinveste, de Luís Silva, grupo Fidelity e Patrick Monteiro de Barros.

O Instituto Financeiro do Estado Português detém ainda 1,88 por cento da PT.

As acções encerram hoje em 8,18 euros na Euronext Lisboa, desvalorizando 0,24%.

O lançamento da oferta da Sonae surge na altura em que o Governo português está a estudar a extinção da «golden share» que detém na operadora, na sequência de uma notificação da União Europeia.

Em causa estão 500 acções preferenciais que garantem ao Estado o direito de veto em matérias estratégicas, como fusões ou operações de compra sobre a operadora de telecomunicações além do poder para escolher o «chairman» e um terço do conselho de administração.

Bruxelas abriu um processo para averiguar a legalidade do mecanismo, que considera poder constituir uma barreira ao livre movimento de capitais na União Europeia, e deu ao governo dois meses para prestar esclarecimentos pedidos a 14 de Dezembro.

O governo português tem defendido a manutenção das acções preferenciais principalmente para impedir que a empresa seja alvo de compra por uma rival estrangeira.
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