Transferir créditos só compensa em algumas situações

Com os bancos a intensificarem a «guerra» na oferta do spread mais baixo do crédito à habitação, muitos portugueses interrogam-se, se valerá a pena transferir o seu empréstimo para um banco que ofereça margens mais baixas.

De acordo com o «Diário de Notícias», que contou com a colaboração da Associação de Defesa do Consumidor (DECO) e do seu simulador, concluiu-se que a transferência de empréstimos entre instituições só é vantajosa se o banco para que se transfere suportar os custos inerentes. Caso não o faça, só compensa mudar se o seu spread actual se situar muito perto de um ponto percentual (e se o banco para que vai lhe der um spread de 0,29 pontos).

No entanto, o jornal lembra que são várias as instituições que suportam os custos de uma transferência, sempre que querem «ganhar» mais um cliente de crédito à habitação.

Como alerta João Fernandes, especialista da Deco nesta matéria, convém fazer bem as contas e perceber, à partida, se a instituição que recebe o cliente suporta mesmo todos os custos. «Além da comissão de penalização, de 3 ou 4%, existem ainda outros custos, como o novo contrato mútuo de hipoteca, novos registos, certidões, etc.»

Depois, há que analisar todas as condições do novo empréstimo, comparando custos, como por exemplo, o preço dos seguros.