Transportes e vestuário mais caros fazem subir inflação

Segundo os dados do instituto Nacional de Estatística (INE), esta aceleração da inflação deixa a média dos últimos doze meses em 2,5%.

A «classe dos Transportes foi a que apresentou a contribuição de sinal positivo mais significativa para a variação homóloga do IPC total. À excepção do Vestuário e calçado e das Comunicações, todas as outras classes contribuíram para a formação de uma taxa de variação homóloga no sentido positivo», explicam.

Em termos mensais, o Vestuário e calçado, com um aumento de 6,4%, os Transportes, com mais 0,3% e o Lazer, recreação e cultura, com mais 0,8%, justificaram cerca de 75% da variação mensal registada para o IPC total.

«Destaca-se a variação de sentido positivo da classe do Vestuário e calçado, em resultado da entrada das novas colecções de Primavera e Verão, originando a reposição do nível dos preços», acrescenta o INE. De assinalar as variações obtidas para os subgrupos do calçado (8,8%) e dos artigos de vestuário (5,7%) que conjuntamente com o peso que detêm na estrutura de despesa, contribuíram de forma decisiva para a formação da taxa de variação mensal.

Para o resultado obtido para as classes dos Transportes e do Lazer, recreação e cultura contribuíram, de forma mais significativa, os subgrupos veículos automóveis e restaurantes, cafés e estabelecimentos similares que apresentaram variações mensais de 0,4% e 0,3%, respectivamente.

As principais contribuições negativas registaram-se na carne, nos bens de uso doméstico não duradouros e na jardinagem, com descidas de 1,9%, 2,6% e 6,4%, respectivamente.