Nos transportes de mercadorias, o gasóleo representa já 30% dos custos de exploração, número que sobe para 35% nos transportes pesados de passageiros. Na CP, a factura da energia para tracção (combustíveis e energia eléctrica) subiu 24% no primeiro semestre deste ano, refere o «Diário de Notícias».
«Cenário muito negro», «encerramento de empresas», «aumento do desemprego» são as expressões usadas pelos empresários para definir a situação, enquanto exigem do Governo medidas urgentes.
Abel Marques, secretário-geral da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), afirma, na sequência de uma reunião com a secretária de Estado dos Transportes, ocorrida na semana passada, que espera um sinal do Governo até final deste mês. «Se não obtivermos resposta, iremos juntar-nos a outros transportadores em protesto. O Governo tem manifestado interesse em estudar o assunto, mas até agora nada se avançou e, se não se tomarem medidas urgentes, vai ser uma desgraça. Há focos de instabilidade preocupantes, empresas descontroladas, outras a fechar».
Transportes exigem benefícios fiscais para pagar combustíveis
- Redação
- PGM
- 16 ago 2005, 08:34
Com o aumento do preço do crude, as empresas de transportes enfrentam uma das piores crises de sempre, o que é tanto mais preocupante quanto se trata de um sector onde os combustíveis absorvem uma fatia cada vez maior dos custos de exploração das empresas, e que produz efeitos imediatos na economia nacional.
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