Venda de produtos para deixar de fumar quadruplicou - TVI

Venda de produtos para deixar de fumar quadruplicou

Cigarros

A venda de anti-tabágicos quadruplicou nos últimos cinco anos. Com o aumento dos preços e dos impostos sobre os produtos de tabaco, a tendência está para durar.

Relacionados
Em 2001 havia apenas três marcas de fármacos disponíveis, no ano passado subiram para oito apresentações, referem dados da empresa de consultoria IMS Health Portugal, citados pelo «Público», no Dia Mundial Sem Tabaco.

Só entre Maio do ano passado e Abril deste ano, o crescimento foi de 123%, face aos 12 meses precedentes, segundo o «Jornal de Notícias». O diário refere assim que os valores mais do que duplicaram no espaço de um ano, de 4,5 milhões de euros para 10 milhões de euros. A dispensa de receita médica para este tipo de fármaco, que vigora desde Setembro de 2004 (permitindo a sua publicitação), e o projecto de legislação mais restritiva para os fumadores, contribuíram para este cenário.

Mais de 20% da população portuguesa (perto de três milhões de pessoas fuma, mas a verdade é que a venda de tabaco está em queda, mesmo sem o espartilho da legislação que promete restringir, a partir do final do ano ou inícios de 2007, o fumo nos locais públicos. No primeiro trimestre deste ano, o total de vendas dos importadores e produtores de tabaco aos grossistas baixou, dos 3,7 mil milhões de euros, em 2005, para os 3,4 mil milhões. A quebra nas receitas fiscais para o Estado foi de 38,7% no trimestre.

Poucas consultas e ajudas para quem quer largar o vício

Mas deixar o hábito não é fácil, nem barato. Quem quer deixar o vício com ajuda médica tem de esperar cerca de seis meses por uma consulta no hospital, refere o «Correio da Manhã».

O pneumologista Renato Sotto-Mayor, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, diz que as listas de espera para uma consulta de desabituação tabágica num hospital central chegam a atingir os quatro a seis meses. «Os doentes que procuram estas consultas já experimentaram várias vezes deixar o tabaco e não conseguiram.»

O especialista sugere mais ajudas para quem quer deixar de fumar. Por exemplo, que os medicamentos substitutos fossem comparticipados ou que fossem dados nos centros de saúde, como se faz com as drogas.

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, António Branco, diz que as consultas de cessação tabágica nos centros de saúde «são poucas».

O jornal conclui que um fumador que queira deixar de sê-lo gasta 100 euros por mês em medicamentos substitutos da nicotina.
Continue a ler esta notícia

Relacionados