Wall Street vai financiar refinaria de Sines - TVI

Wall Street vai financiar refinaria de Sines

Maior Refinaria da Península nasce em Sines

Os empresários de capital de risco de Wall Street serão fundamentais apra o financiamento da refinaria de Sines.

Thomas O'Malley, o presidente da Argus Investment, empresa que pretende construir uma refinaria de petróleo em Sines, considerou que os empresários de capitais de risco norte-americanos serão essenciais para o financiamento da operação, avaliada em cerca de 5 mil milhões de euros, que deverá duplicar o volume de produtos refinados em Portugal pela maior empresa do género, para os 250 mil barris por dia.

O empresário, que falava na conferência «World Refining and Fuels» em Hart, citado pelo jornal «Dow Jones» recusou-se no entanto a revelar o nome dos investidores que estarão por detrás da operação.

Aproveitou ainda para criticar alguns dos seus concorrentes por desvalorizarem o projecto e o tempo necessário para estar finalizado, adiantando ainda que considera o custo do mesmo realista. Sob a capacidade da mesma, acrescentou que a partir dos «250 mil barris é onde se começa a obter economias de escala no crude», adiantandoq eu servirá não só reservatório para a Península Ibérica, mas também como fornecedor de gasolina para os EUA e para os mercados europeus de diesel.

A produção da refinaria estará destinada, primordialmente para o jet fuel, com 55% da capacidade, para a gasolina, com 27% e com o gás propano, com 4%. O restante será gasificado e convertido em 500 megawats de energia. «Será uma refinaria super-eficiente. As novas refinarias podem, pela sua própria natureza, serem configuradas correctamente para serem eficientes», adiantou.

Thomas O'Malley adiantou ainda que o sudoeste europeu é a localização ideal para a refinaria. Enquanto os EUA estão bem situados para projectos de expansão, a falta de politicas energéticas compreensivas torna difícil a construção de uma nova refinaria no país, adiantou. A América do Sul tem uma maior volatilidade que a Europa, tornando a operação arriscada para investir, acrescentou. Já sobre o Médio Oriente, considera que já está abastecido de projectos deste género, e sobretudo pelas grandes empresas mundiais.
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