As paragens nas produções levadas a cabo por algumas das principais fábricas automóveis «podem ter consequências desastrosas na economia nacional», salienta à Agência Financeira (AF) a directora executiva da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Teresa Viegas.
Depois da Autoeuropa e da Renault, em Cacia, é a vez da fábrica da PSA Citroën, em Mangualde, suspender por 10 dias a actividade em Dezembro. A culpa, mais uma vez, é da quebra das encomendas devido à crise financeira que se vive.
Um problema sem fim à vista, já que não há «timing» previsto para acabar com esta instabilidade. «Há o risco de se manter estas paragens técnicas em 2009, o que acaba por afectar todos os fornecedores».
Sector precisa de injecção de capital
Teresa Viegas pede, desta forma, ao Governo um «olhar mais atento à indústria automóvel», tendo em conta os números que este sector de componentes movimenta: uma facturação na ordem dos 5 mil milhões de euros, 40 mil postos de trabalho e 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), salienta à AF.
Para já, a AFIA pede um plano de formação mais direccionado ao sector e, por outro, equilibrar a indústria com injecção de capitais. Esta última medida não seria exclusiva ao mercado português, uma vez que os fabricantes norte-americanos já vieram pedir ajudas públicas de 19,8 mil milhões de euros (25 mil milhões de dólares), sob a forma de empréstimos, para se manterem em actividade.
Estes pedidos vão estar em cima da mesa no encontro que a AFIA irá ter com o ministro da Economia, Manuel Pinho, marcado para o final do dia de sexta-feira.
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Paragens nas produções automóveis podem ter consequências «desastrosas»
- Sónia Peres Pinto
- 19 nov 2008, 17:30
![Volkswagen](https://img.iol.pt/image/id/4923479/1024.jpg)
Injectar capital e apostar na formação são algumas das soluções para o sector
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