Parlamento contacta CGD para falar sobre negócio Cimpor - TVI

Parlamento contacta CGD para falar sobre negócio Cimpor

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Negociações com empresários, como Manuel Fino e Joe Berardo estarão em cima da mesa

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O presidente da Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, Jorge Neto, vai contactar na «próxima semana» o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira, para falar sobre a compra de acções da Cimpor a Manuel Fino.

Jorge Neto disse à Lusa que a 4 de Março será votado um requerimento do PCP que pede a comparência de Faria de Oliveira para explicar o negócio, que tem dado origem a acusações por parte dos partidos da oposição, avançou a Lusa.

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O responsável pela comissão parlamentar decidiu avançar para o contacto com o presidente da CGD, já que o PS já mostrou disponibilidade para viabilizar a audição.

O PCP considera que «nos últimos tempos» a CGD tem sido chamada a intervir «na salvação de alguns bancos do sistema bancário» e que «tem tido intervenções incompreensíveis no apoio a alguns grupos económicos e financeiros».

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Os deputados comunistas querem esclarecimentos sobre as opções estratégicas da CGD, referindo casos de «negociações leoninas de empréstimos» feitos entre empresários como Manuel Fino, Teixeira Duarte, Joe Berardo e José Rendeiro.

Confrontado com o negócio de compra de acções da Cimpor, o ministro das Finanças disse quinta-feira, no Parlamento, que não tem de responder «pelos actos de gestão administrativa» da Caixa Geral de Depósitos, remetendo para o comunicado da CGD sobre a compra de quase 10 por cento da cimenteira Cimpor.

«Não tenho indicações, não tenho ordens e era o que faltava que eu tivesse de responder pelos actos de gestão administrativa da Caixa Geral de Depósitos», afirmou Fernando Teixeira dos Santos.

Também na quinta-feira, o presidente da CGD mostrou-se desagradado por o negócio da compra de parte da Cimpor ter saltado para a praça pública, garantindo que a instituição age na defesa dos interesses do banco e do Estado.

«Faz-me muita confusão tanto por em causa, que se levante tanta dúvida» sobre a compra de acções representativas de quase 10 por cento da Cimpor a Manuel Fino, numa operação de renegociação da dívida do empresário ao banco.
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