Tempo é a variável que mais prejudica créditos bancários - TVI

Tempo é a variável que mais prejudica créditos bancários

  • Rui Pedro Vieira
  • 3 dez 2008, 08:22
Dinheiro

Associação para o Posicionamento Estratégico e Financeiro espera tempos mais difíceis em 2009

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O tempo é a variável que mais prejudica os empréstimos bancários e deve ser neste ponto que os credores devem apostar para melhorar as suas contas. A conclusão é da Associação para o Posicionamento Estratégico e Financeiro (Apefi) que, em declarações à Agência Financeira, avança que todo o cuidado é pouco quando a solução para melhorar o orçamento familiar passa pela consolidação de créditos.

«Para reduzir o endividamento deve-se agir sobre o tempo e não ao nível do capital ou dos juros, que são os métodos mais procurados pelos portugueses», referiu o presidente da associação, João Martins.

«Quanto mais tempo for o endividamento, pior é», acrescentou.

A APEFI, responsável pelo Portal da Poupança, considera que os bancos estão mais contidos no crédito, algo que está a complicar a vida de quem se encontra sobreendividado.

«Os bancos estão a contrair no crédito e é mesmo impossível obtê-lo para quem detém incidentes bancários. Quem vive numa situação de espiral de crédito, está com a vida mais complicada», acrescentou João Martins à AF

A associação diz ser possível um «desendividamento», incidindo a estratégia na variável temporal. Para tal, a APEFI defende que ao recolocar os pagamentos mensais às dívidas mais prioritárias e com maior impacto no orçamento familiar, um contribuinte consegue não gastar mais nenhum dinheiro e reduzir o seu tempo de endividamento «em muitos anos, talvez até em décadas».

Quem visita o referido portal, fica ainda a saber que uma dívida de mil euros num cartão de crédito pode levar 27 anos a pagar. «Realocando alguns pagamentos pode-se extinguir esta dívida em menos de ano e meio sem qualquer esforço adicional», defende a APEFI no seu site.

«Por muito que haja informação, de um modo geral os portugueses têm falta de educação financeira», refere João Martins.

Bancarrota: espera-se pior em 2009

Sobre o próximo ano, a APEFI diz que os tempos não vão ser nada fáceis e espera até um profundo agravamento.

«Espanto-me se os Estados Unidos não declararem falência até ao Verão», diz João Martins. No entender do responsável, aquilo que aconteceu na Islândia deve vir a verificar-se na maior economia do Mundo durante o primeiro semestre.

«A Islândia também era vista como o país mais desenvolvido do mundo e o resultado está à vista», sintetiza o presidente da APEFI.
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