O primeiro-ministro José Sócrates mostrou-se esta terça-feira surpreendido com o erro do Eurostat que avançou com uma previsão da taxa de desemprego para Portugal de 8,5 por cento em Outubro, mas que viria a corrigir mais tarde para 8,2%. O valor representa não um crescimento, mas uma redução de 0,1%.
«Foi com surpresa que vimos o engano», disse José Sócrates à margem da abertura do Congresso das Comunicações, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), e que decorre até quinta-feira no Centro de Congressos do Estoril.
Segundo o primeiro-ministro, os novos dados do Eurostat mostram que «o crescimento do desemprego está contido», reiterando que a economia portuguesa «está já a criar empregos, coisa que não acontecia no passado».
Ao aludir aos 105 mil novos empregos criados durante esta legislatura, José Sócrates lamentou o valor elevado da referida taxa, salientando que a mesma «teve um crescimento de quatro décimas nos últimos dois anos».
«O crescimento tem sido muito pequeno e está agora a estabilizar», reforçou.
À saída do referido Congresso, onde discursou na abertura, o primeiro-ministro sublinhou ainda que em 2008 espera uma descida do desemprego no país.
Oposição teve «reacção precipitada»
Ainda sobre o engano do Eurostat quanto à previsão da taxa de desemprego de Portugal em Outubro, Sócrates criticou a oposição pela sua «reacção precipitada».
De acordo com o primeiro-ministro, as vozes dos restantes partidos demonstraram vontade em atacar o Governo e, após o anúncio da correcção de valores, limitaram-se a «um silêncio envergonhado».
«O Eurostat assumiu o erro. Quanto aos partidos da oposição, que falaram ontem precipitadamente, não fizeram o mesmo», rematou.
Sócrates diz que crescimento do desemprego «está contido»
- Rui Pedro Vieira
- 4 dez 2007, 12:10
Primeiro-ministro ficou surpreendido com engano do Eurostat
Continue a ler esta notícia