José Sócrates enviou segunda-feira ao TC cinco pareceres de juristas que defendem a constitucionalidade dos artigos da Lei de Finanças Locais que possibilitam às autarquias dispor de até cinco por cento do IRS.
«Isso não constitui uma pressão porque o que me parece é que o Tribunal Constitucional não é pressionável. O Tribunal Constitucional agradece certamente toda a informação que esteja disponível para melhor decidir», afirmou.
Segundo o primeiro-ministro, o objectivo do envio dos pareceres foi o de «fornecer ao tribunal toda a informação na qual o Governo se baseou na elabora ção da Lei».
Os pareceres enviados para o Tribunal Constitucional são elaborados por José Casalta Nabais, Manuel Porto, Lobo Xavier, Eduardo Paz ferreira e Saldanha Sanches.
Recordo que a lei foi enviada para o TC pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que manifestou dúvidas sobre os artigos 19º e 20º do diploma, aprovado a 16 de Novembro no Parlamento pelo PS com a abstenção do CDS, relativos a alterações quanto ao IRS, aos quais foram apontadas inconstitucionalidades pelo PSD e pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Esses dois artigos admitem a possibilidade de os municípios decidirem como dispor até cinco por cento do Imposto sobre o Rendimento (IRS) cobrado aos munícipes nos seus concelhos, podendo violar o princípio da universalidade do imposto.
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Sócrates rejeita que envio de pareceres ao TC seja pressão
- Redação
- SPP
- 19 dez 2006, 15:20
![José Sócrates, primeiro-ministro - Foto Lusa](https://img.iol.pt/image/id/1925002/1024.jpg)
O primeiro-ministro, José Sócrates, rejeitou esta terça-feira que os pareceres de juristas que enviou ao Tribunal Constitucional (TC) sobre a Lei das Finanças Locais constituam uma forma de pressão do Governo sobre este tribunal, avançou a «Lusa».
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