Pensionistas não vão perder poder de compra em 2009 - TVI

Pensionistas não vão perder poder de compra em 2009

Idosos

Existem milhares de requerimentos» à espera de serem aprovados

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Mais de 80 por cento dos pensionistas não vão perder poder de compra no próximo ano, garante o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Vieira da Silva, em entrevista à «Lusa».

O governante admite que o aumento das pensões em 2009 vai ser condicionado pelo fraco crescimento económico decorrente da crise internacional, mas assegura que a legislação aprovada pelo Governo, que relaciona o aumento das pensões com o crescimento da economia e com o valor da inflação, «não a previsível, a futura, mas a real, que aconteceu» vai garantir que «a grande maioria dos pensionistas não perde poder de compra».

«O risco de perda de poder de compra para a grande maioria da pensões, mais de 80 ou 90 por cento, não existe», reforçou.

Esta é «uma garantia que nunca existiu», vincou Vieira da Silva, salientando que esta legislação foi aprovada para «evitar comportamentos que não são adequados à defesa da sustentabilidade do sistema», nomeadamente em anos eleitorais.

«Eu gostaria que (os aumentos) fossem maiores mas também gostaria que os portugueses tivessem confiança no seu sistema de Segurança Social», acrescentou, frisando que «o crescimento da maioria das pensões em linha com a inflação, mesmo que a economia não cresça 2 por cento, é uma garantia de grande importância».

CSI abrange 125 mil idosos

O ministro do Trabalho lembrou, por outro lado, que o Governo tem outras políticas, como o Complemento Solidário de Idosos (CSI), que permite aumentar os rendimentos daqueles sectores mais frágeis da sociedade. «Estamos a falar de um crescimento de 5/6 por cento, mas em muitos casos de 20 e nalguns casos mesmo de 30 por cento», garantiu.

Vieira da Silva revelou que neste momento há 125 mil idosos a receber o CSI, com um valor médio que «ultrapassa os 80 euros», o que dá um rendimento mensal de cerca de 400 euros, e que «existem milhares de requerimentos» à espera de serem aprovados.

Uma realidade, disse, «que permite ter a confiança de que vamos ter um número considerável de pensionistas abrangidos e ficarmos próximos do nosso objectivo: aumentar o nível de rendimento dos idosos com mais dificuldades».

Questionado sobre se o aumento do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) este ano não indicia um aumento da pobreza em Portugal, o ministro respondeu que «a variação não é muito significativa».
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