Crise ataca mercado de escritórios - TVI

Crise ataca mercado de escritórios

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Oferta poderá duplicar até os 6 milhões de metros quadrados nos próximos 3 anos

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A crise financeira também está a afectar o mercado de escritórios, em que o sector registou um abrandamento no 1º trimestre do ano, em relação ao período homólogo do ano passado. Esta é uma das conclusões do relatório do mercado de retalho elaborado pela CB Richard Ellis.

Este abrandamento, segundo a consultora, deve-se sobretudo «à incerteza quanto ao futuro da economia mundial. Face a este cenário, os investidores tendem a apresentar uma atitude de maior cautela e expectativa, traduzindo-se em propostas com valores mais baixos», revela em comunicado.

Apesar desta desaceleração, verificou-se uma ligeira subida da taxa de capitalização «prime» em 25 pontos base, para os 5,25%, nos três primeiros meses do ano.

Stock pode duplicar até 6 milhões m2

A oferta total de conjuntos comerciais no mercado de retalho nacional ascendeu aos 2,7 milhões de metros quadrados, com o formato de centro comercial a dominar grande parte do segmento.

No entanto, segundo a consultora, o volume de stock novo estimado deverá superar os 3 milhões de m2, com um acréscimo de cerca de 300 mil m2 de nova área bruta locável (ABL), sendo que, num período de três anos, a oferta comercial total poderá duplicar e atingir os 6 milhões de m2.

Insígnias estrangeiras com 35% de quota

O mesmo relatório adianta ainda que as insígnias estrangeiras presentes no mercado de retalho nacional pesam 35% da quota de mercado.

«De facto, ao longo do ano passado e em 2008, foram várias as marcas internacionais a entrar em território nacional. Paralelamente, notou-se também que insígnias já estabelecidas no mercado português estão agora a aumentar a sua representação, com a abertura de novos espaços comerciais», refere o estudo da consultora.

Renda prime deverá descer

A forte concorrência prevista para centros comerciais considerados «prime», em Lisboa e no Porto, é um dos factores apontados pela CB Richard Ellis, para a redução do valor da renda «prime» dos 85 euros por metro quadrado mensais para os 80 euros.

Já no formato de «retail parks», assistiu-se a um aumento dos 12 euros mês por metro quadrado para os 13 euros.
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