Para que servem as Redes de Nova Geração? - TVI

Para que servem as Redes de Nova Geração?

  • Rui Pedro Vieira
  • 7 jan 2009, 13:27
Negócios

Tecnologia permite avanços na gestão urbana, telepresença ou IPTV

O termo entrou de repente na gíria dos meios de comunicação social e nos discursos dos operadores de telecomunicações. É até um assunto obrigatório porque os especialistas defendem que, no futuro, quem tiver maior velocidade na Internet estará à frente dos outros.

As Redes de Nova Geração (RNG) são estruturas de fibra óptica que permitem a navegação na Internet de forma ultra-rápida, na ordem dos 100 megabits por segundo.

Algo que mudaria a forma de interacção de empresas e famílias e daria aplicabilidade a novos modelos de funcionamento ao nível do tráfego, gestão urbana, videoconferência, telepresença e mais desmaterialização na relação do cidadão com as instituições (nomeadamente o Estado).

Além disso, com as RNG será possível incrementar bastante alguns serviços tecnológicos que já existem em Portugal, como a televisão pela Internet (IPTV). A nível de Internet, um ficheiro de 1 giga passará a ser descarregado em poucos segundos.

O custo estimado é, actualmente, muito elevado e aguarda-se ainda também mais detalhes sobre como o negócio será regulado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

Nova Geração divide operadores apesar de acordo

A ideia unânime é que o investimento terá de ser rápido sob pena de ficar para trás. Em declarações à Agência Financeira há poucos meses, o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Diogo Vasconcelos, explicou que Portugal ainda vai a tempo de «não perder o barco», mas reconheceu que já se sentem duas velocidades na implantação das referidas redes.

«Aquilo de que estamos a falar representa um investimento muitíssimo grande, porque, na prática, é uma nova infra-estrutura. Há países como a Coreia do Sul e Japão e cidades como Amesterdão, Paris, Estocolmo, que estão a avançar muito rápido. Depois há outros como Londres, Madrid e Lisboa onde se verifica um aguardar das propostas do regulador para saber qual o ambiente regulatório a seguir», acrescentou na mesma altura.

O Governo tem sido sensível à matéria e assumiu que o objectivo é o de ter um milhão de pessoas ligadas às novas redes até 2010, bem como as escolas secundárias, os centros de saúde e outros serviços públicos.
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