REN quer separação de negócios nos combustíveis

O presidente executivo da Redes Energéticas Nacionais, José Penedos, mostra-se a favor da separação dos negócios de armazenagem, transporte e distribuição («unbundling») no sector dos combustíveis líquidos, tal como já acontece na electricidade e no gás. O responsável até admite ser um candidato à compra destas redes de transporte de combustíveis em Portugal.

«Gostaria de ver o unbundling prolongar-se ao armazenamento e transporte de combustíveis líquidos porque, sendo uma infra-estrutura que podia ser regulada por empresas independentes, baixava os custos do sistema e poderia beneficiar os consumidores», afirmou José Penedos, à saída de uma conferência sobre regulação da energia, organizada pela ERSE.

Questionado sobre a hipótese de vir a gerir estas redes respondeu: «A REN é sempre candidata à compra de redes energéticas desde que o Conselho de Administração o aprove».

A questão surge depois de uma notícia do «Diário Económico», segundo a qual a Autoridade da Concorrência (AdC), a quem o Governo pediu uma investigação sobre a formação dos preços dos combustíveis, estaria a ponderar a possibilidade de retirar à Galp o negócio de armazenamento, transporte e distribuição de combustível, que a petrolífera domina em Portugal.

A hipótese já está inclusivamente prevista na legislação, no Decreto-Lei número 31 de Fevereiro de 2006, mas faltou que o Governo a regulamentasse, prevalecendo assim a Lei em vigor desde 1938.

As acções da REN fecharam a ganhar 0,80% para os 3,13.