O ministro da Economia já esperava o processo de insolvência com que a Qimonda avançou esta quinta-feira e garante que o Estado vai tentar recuperar os apoios financeiros dados à empresa.
De acordo com a Lusa, Manuel Pinho diz que o curso que o processo estava a seguir já fazia adivinhar a insolvência mas considera que «a situação é muito triste», não só para a Qimonda e para os seus trabalhadores «mas também para o País».
«Apoiámos esse projecto desde o primeiro dia», recorda o ministro, porque «punha Portugal na vanguarda da indústria de semicondutores».
Quanto às verbas do Estado que foram injectadas na empresa, Manuel Pinho garante: «Não haja a mínima dúvida: o apoio que nós demos, vamos tentar recuperá-lo até ao último tostão».
Administração entrega insolvência
O ministro da Economia considera que «faltou iniciativa a nível europeu» para impedir o facto de que «toda esta indústria de semicondutores está a passar para países como a China, a Coreia e Tailândia».
«Resta esperar que insolvência facilite procura de compradores
Reconhece que não surtiram efeito os apelos do Governo português junto da Comissão Europeia e do executivo alemão, cuja estrutura, no seu sistema central e regional, «não é muito favorável para resolver este tipo de situações».
Manuel Pinho defende, no entanto, que «a situação é extremamente complicada» porque o que está em causa «não é uma indústria qualquer, é uma indústria que consome biliões de euros em investimento». Seriam precisos, portanto, «montantes astronómicos» para salvar a Qimonda.
«Tem sido difícil encontrar um investidor credível», afirma o ministro, e resta «esperar que esta situação [da insolvência] permita maior flexibilidade» na procura de eventuais compradores.
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Qimonda: Pinho quer recuperar apoios até ao último tostão
- Redação
- MD
- 26 mar 2009, 20:43
![Presidente da Qimonda](https://img.iol.pt/image/id/13109794/1024.jpg)
Empresa portuguesa entregou pedido de insolvência
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