Governo adjudica último troço da CRIL por 111 milhões

O Governo adjudicou esta sexta-feira a construção do último troço da CRIL, de 4,4 quilómetros, por 111,6 milhões de euros, o que representa mais de 25 milhões de euros por cada quilómetro.

A conclusão da obra está marcada para 2009. «Nessa altura vão terminar as obras do IC16, o IC30 e o alargamento da IC19», refere o primeiro-ministro, José Sócrates, durante a cerimónia de adjudicação da empreitada.

As obras incluem a construção do lanço do IC17 entre o nó da Buraca e o nó da Pontinha (numa extensão de 3,6 km) e do lanço do IC16 entre o nó da Pontinha e a rotunda de Benfica, numa extensão de cerca de 770 metros. Mais de 65% do trajecto é feito por túneis.

Este trajecto esteve em «stand-by» cerca de 40 anos e, segundo o primeiro-ministro, esta decisão «vem terminar com o desleixo e indecisão relacionado com o projecto da CRIL».

Melhorar acessibilidades e reduzir tempo

Melhorar as acessibilidades, requalificar as zonas, reduzir as distâncias e os tempos de percurso são, no entender do presidente da Estradas de Portugal, António Laranjo, as principais vantagens deste último troço da CRIL.

De acordo com as contas do responsável, este traçado vai retirar 40 mil veículos por dia que atravessam Lisboa utilizando o Eixo Norte-Sul e a zona poente da Segunda Circular (menos 27%) e 12 mil veículos por dia que atravessam a Calçada de Carriche (menos 20%).

Construtora «não foi beneficiada»

Quando confrontado com as críticas das comissões dos moradores que protestam contra este último troço da CRIL, Mário Lino esclarece que «uma obra desta dimensão tem sempre impactos», reconhecendo, no entanto, que «este projecto teve em conta as opiniões dos moradores».



Em relação à escolha da construtora, o ministro diz apenas que «a empresa não foi beneficiada», uma vez que, no entender do mesmo, «tratou-se da melhor proposta e ganhou pela qualidade».

Veja na galeria de fotos o antes e depois das localidades envolvidas neste último trajecto da CRIL