PCP: OE 2009 está «condenado a um verdadeiro macrofracasso»

O PCP considera que o Governo está a tentar disfarçar a situação actual do país com um «cenário macro-económico artificial» e, por isso, garante que o Orçamento do Estado para 2009 está condenado ao «macrofracasso».

Mais: para o grupo parlamentar, este orçamento penaliza o investimento.

«Não tem qualquer credibilidade prever um crescimento em disparidade com todas as previsões internacionais e em contradição com o comportamento previsto para as economias das quais a nossa mais depende. Assim como não tem credibilidade prever a manutenção do desemprego ou prever uma subida da receita fiscal em contramão com a situação económica», disse o deputado do PCP, Bernardino Soares.

O PCP considera ainda que o Governo «não cumpriu o compromisso assumido de repor o poder de compra perdido durante o ano de 2009».

Só há dinheiro para a banca?

O grupo parlamentar refere também que «os portugueses já perceberam que a margem orçamental não é para os ajudar. É para ajudar a banca e os grandes grupos económicos», disse de forma irónica.

O deputado sustentou ainda que «o Governo diz que não há dinheiro para aumentar os apoios às Pequenas e Médias Empresas (PME), para aumentar os salários, para melhorar a vida dos portugueses. Só há dinheiro para encaixar 4 mil milhões na banca, a acrescer a avales de 20 mil milhões».